ataque em Londres

Atropelamento em Londres está sendo tratado como ataque terrorista

Várias pessoas ficaram feridas quando um carro atingiu, no início da manhã desta terça-feira, as barreiras de segurança do lado de fora do Parlamento britânico

Várias pessoas ficaram feridas quando um carro atingiu, no início da manhã desta terça-feira, as barreiras de segurança do lado de fora do Parlamento britânico, informou a Scotland Yard, Polícia Metropolitana de Londres.

O motorista do veículo foi detido por suspeita de ato terrorista logo após o incidente, que aconteceu pouco depois das 07h30 (3h30, no horário de Brasília), no centro de Londres.

Segundo a polícia, não havia mais ninguém no carro e não foram encontradas armas no veículo.

Policiais armados, ambulâncias e bombeiros estão no local. As ruas ao redor do Parlamento foram isoladas.

“Neste momento, estamos tratando isso como um ato terrorista, e a Unidade Antiterrorista da polícia está liderando a investigação”, disse a Scotland Yard.

De acordo com as primeiras informações, ciclistas e pedestres foram atingidos pelo veículo, mas não correm risco de morte. Duas pessoas foram atendidas no local e levadas para o hospital, conforme informou o Serviço de Ambulâncias de Londres.

“Os paramédicos estão tratando de um pequeno grupo de pessoas sentadas no chão do lado de fora do Palácio de Westminster”, informou o correspondente da BBC Callum May, que está no local.

“Eles estão envoltos em cobertores metálicos”, acrescentou.

‘Ação pareceu intencional’

Diversas testemunhas disseram que o carro pareceu ter atingido deliberadamente as vítimas.

“Uma testemunha, que não quis se identificar, disse que viu um pequeno carro indo em direção a um grupo de ciclistas e depois para a barreira em frente ao Palácio de Westminster. O homem disse que a ação do motorista parecia deliberada”, contou Callum May.

Barry Williams, que faz parte da equipe da BBC em Millbank, presenciou o incidente:

“Ouvi muitos gritos e me virei. O carro pegou o lado errado da via, onde os ciclistas estavam esperando no sinal e se chocou contra eles.”

“Então ele desviou, voltou para o outro lado da pista e acelerou o mais rápido possível, acertando a barreira em cheio.”

“Era um carro prata pequeno e bateu numa velocidade tão alta que chegou a levantar do chão e saltar.”

“A polícia entrou então em ação. Dois policiais conseguiram pular as barreiras de segurança, e os veículos da polícia armada correram em direção à cena.”

Ewalina Ochab, outra testemunha, teve a mesma impressão:

“Me pareceu intencional – o carro estava em alta velocidade e seguiu em direção às barreiras.”

“Eu estava andando do outro lado da rua. Ouvi um barulho e alguém gritando. Me virei e vi um carro prateado dirigindo muito rápido perto das grades, talvez até na calçada.”

‘Corri para salvar minha vida’

Jason Williams também descreveu a ação como algo que “pareceu proposital, mas não um acidente”.

“Eu vi pessoas deitadas no chão. Não sei se elas foram realmente atingidas pelo veículo ou não”, disse ao programa de rádio Today da BBC.

“Mas eu vi pelo menos 10 pessoas deitadas. Me disseram basicamente para me afastar, para correr. Eu corri para salvar minha vida.”

O correspondente da Euronews/NBC no Reino Unido, Vincent McAviney, postou no Twitter um vídeo que mostra a ação da polícia logo após a colisão:

Imagens postadas nas redes sociais mostram um homem cercado por policiais sendo levado de carro algemado.

Até o momento, a Scotland Yard divulgou a seguinte nota:

“Às 07h37 de hoje, um carro colidiu contra as barreiras do lado de fora do Parlamento.”

“O motorista do carro foi detido por policiais no local. Vários pedestres ficaram feridos. Os policiais continuam no local. Divulgaremos mais informações assim que tivermos.”

As Casas do Parlamento são cercadas por barreiras de segurança de aço e concreto. A proteção foi reforçada após o ataque de março de 2017. Na ocasião, um homem que dirigia em alta velocidade pela ponte de Westminster em direção ao Parlamento atropelou uma multidão, matando cinco pessoas e ferindo outras 50.

Fonte: G1
Créditos: G1