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Tite expõe crise com empresa que organiza amistosos da seleção brasileira

Em entrevista coletiva nesta madrugada em Cingapura, na véspera da partida contra Senegal, marcada para 9h (de Brasília) de quinta-feira, o comandante expôs todo o seu descontentamento com as condições oferecidas aos dois times.

Tite expôs a crise que a seleção brasileira vive com a Pitch, empresa que organiza os amistosos em data Fifa quando a equipe não está em competição oficial. Em entrevista coletiva nesta madrugada em Cingapura, na véspera da partida contra Senegal, marcada para 9h (de Brasília) de quinta-feira, o comandante expôs todo o seu descontentamento com as condições oferecidas aos dois times.

“O que mais me deixou chateado foi a falta de respeito da Pitch para com a seleção brasileira e a de Senegal. Ela não nos proporcionou trabalhar no campo de jogo. Isso me deixou descontente, me deixou desconforme. Atletas de alto nível como a gente e Senegal, eles merecem a chance de treinar no campo de jogo”, iniciou Tite.

“Basicamente a gente quer campo e, nesta situação, ela nos atende. Não é o ideal, mas nos atende. O problema maior é o respeito. As seleções merecem ter mais respeito. Senegal é 20º do mundo e os últimos anos é a seleção referência na África. Tem atletas de alto nível na partida. Ela (Pitch) deveria nos proporcionar a oportunidade de treinar no campo de jogo”, completou.

A crítica pública vem depois de diversos problemas de bastidores entre seleção e empresa. Já nos últimos dois amistosos em setembro, o comandante havia criticado as condições dos campos apresentados nos Estados Unidos e problemas de logística. Não é normal que Tite deixe a sua insatisfação de forma tão clara.

Segundo apurou o UOL Esporte, a comissão técnica classificou o jogo contra o Peru, disputado em Los Angeles, como o episódio mais deprimente de toda esta gestão. Na ocasião, o campo apresentava diversas demarcações do futebol americano e péssimas condições para a bola rolar.

De acordo com relatos ouvidos pela reportagem, a comissão temeu durante os 90 minutos a chance de algum atleta se machucar. Placas e equipamentos ficavam na beira do gramado, aumentando consideravelmente a chance de um jogador se chocar com estruturas que não são comuns em um campo de futebol.

Não à toa, a seleção brasileira se preocupou com as condições que Cingapura poderia oferecer para os amistosos. Dois funcionários da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) viajaram com antecedência para o local do jogo para verificar o gramado do estádio que receberá as partidas e foi bastante criticado em 2014, na última vez que a seleção esteve por lá.

No mundo ideal, a seleção gostaria de enfrentar seleções europeias, mas o calendário dos times do Velho Continente, com a introdução das Ligas das Nações, praticamente inviabiliza encontros. Para os jogos contra Senegal, na quinta, e Nigéria, no domingo, a comissão se apoia na experiência de enfrentar seleções africanas que apresentam um estilo de jogo que pode ser encontrado na Copa do Mundo de 2022.

Fonte: UOL
Créditos: UOL