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Sem Gabriel Medina, mas com volta de John John, circuito mundial de surfe começa neste sábado, no Havaí

A desistência de Gabriel Medina em disputar as duas primeiras etapas do circuito mundial para cuidar de sua saúde mental caiu como uma bomba no mundo do surfe nesta semana. Dono de três títulos e atual campeão, Medina seria novamente um dos favoritos ao título. Agora, a briga pela taça da World Surf League (WSL) parece um pouco mais aberta, em uma temporada que promete ser bastante acirrada. A primeira etapa começa amanhã, em Pipeline, no Havaí.

A desistência de Gabriel Medina em disputar as duas primeiras etapas do circuito mundial para cuidar de sua saúde mental caiu como uma bomba no mundo do surfe nesta semana. Dono de três títulos e atual campeão, Medina seria novamente um dos favoritos ao título. Agora, a briga pela taça da World Surf League (WSL) parece um pouco mais aberta, em uma temporada que promete ser bastante acirrada. A primeira etapa começa amanhã, em Pipeline, no Havaí.

— O Medina vai ser uma ausência muito sentida no circuito se não retornar, mas criou uma expectativa dentro dos outros surfistas. Abriu uma vaga para as finais — disse Marcelo Boscoli, ex-surfista profissional e comentarista do programa “Por Dentro do Tour”, se referindo ao WSL Finals, que define o campeão mundial no fim da temporada.

Se Medina decidiu fazer uma pausa por tempo ainda indeterminado, podendo até mesmo surpreender e retornar durante o ano para brigar pelo título, o circuito terá os retornos de dois pesos pesados: John John Florence e Jordy Smith. Recuperados de lesões, o havaiano e o sul-africano, a julgar pelos vídeos de treinos divulgados nas redes sociais, chegam em grandes formas física e técnica.

— Acredito que o John John vai sobrar nesse circuito, que tem várias etapas favoráveis ao surfe dele. E pelo que temos visto, ele está em ótima forma — diz Boscoli.

Mudanças no circuito

O circuito deste ano tem uma peculiaridade: após cinco etapas, o número de competidores será diminuído (de 36 para 24 no masculino e 18 para 12 no feminino). E assim como na temporada passada, os cinco primeiros do ranking se classificam para disputar o WSL Finals, que decide o campeão mundial, em setembro, na Califórnia.

— A escolha da WSL em colocar a etapa decisiva de novo em Trestles favorece muito o Filipe Toledo, que é o melhor do mundo naquela onda. Lá eu acredito que o Filipe será o vencedor e campeão mundial — aposta Boscoli.

Além de Filipe Toledo, Italo Ferreira, campeão mundial em 2019 e ouro em Tóquio, é outro brasileiro favorito a chegar à etapa final. O chamado “brazilian storm” terá dois nomes novos, apontados como talentosos e com muito potencial: Samuel Pupo (irmão de Miguel Pupo) e João Chianca (irmão de Lucas Chumbo,surfista de ondas grandes).

— É uma honra estar no tour junto com toda essa geração. Tudo que fiz na minha vida me levou para esse momento — disse Samuel ao GLOBO.

No Havaí há semanas, o paulista de 21 anos treina para a estreia em Pipeline:

— Todos dias que estou em Pipeline vejo alguém sair machucado. É um pouco assustador, mas é nosso trabalho.

Prestes a completar 50 anos, Kelly Slater é outra atração do circuito. Porém, com discurso antivacina, o americano pode acabar sendo impedido de competir em países que pedem o passaporte vacinal contra Covid.

 

Fonte: O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba