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Protocolo da Conmebol proíbe político entregando taça na final da Libertadores

A previsão é que o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Dominguez, entregue a taça ao capitão do time vencedor.

A direção da Conmebol elaborou um protocolo para o pós-jogo na final da Libertadores, que será disputada entre Palmeiras e Santos neste sábado (30), no Maracanã. E, segundo o documento, nenhum convidado poderá estar no gramado durante a comemoração do time campeão e nem entregar a taça ao capitão. Isso inclui, claro, os políticos.

Neste domingo (24), o blog do jornalista Danilo Lavieri mostrou que grupos de palmeirenses divulgaram uma carta aberta contra a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usar a partida para o que chamaram de “ações populistas”. Como o blog publicou, a Conmebol convidou Bolsonaro para acompanhar a decisão no Rio, mas ele ainda não decidiu se irá.

Como será preciso apresentar um teste negativo de Covid-19 para entrar no estádio, e usar máscara o tempo todo lá dentro, algo que Bolsonaro tem rejeitado fazer porque diz que já pegou a doença, nem a cúpula da Conmebol acredita que ele irá ao Maracanã.

De qualquer forma, se Bolsonaro ou qualquer outro político estiver no Maracanã o protocolo da Conmebol proíbe que ele desça ao gramado para participar da premiação. A previsão é que o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Dominguez, entregue a taça ao capitão do time vencedor.

Assim que o árbitro Patricio Loustau encerrar a partida, no tempo normal, prorrogação ou após disputa de pênaltis, duas zonas de proteção serão criadas dentro do gramado para que os integrantes das duas equipes, a vencedora e a perdedora, fiquem até ser montado o palco onde as medalhas, e o troféu ao campeão, serão dados.

O protocolo diz que somente jogadores, integrantes da comissão técnica e pouquíssimos membros diretivos (presidente e diretor de futebol, por exemplo) estejam no gramado. Convidados, nenhum. Isso já foi feito no sábado (23), na final da Copa Sul-Americana em Córdoba, na Argentina — o Defensa Y Justicia venceu o Lanús por 3 a 0.

Além de Bolsonaro, que se declara torcedor do Palmeiras, a Conmebol convidou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que afirma ser santista. Nenhum dos dois confirmou presença. O governador em exercício do Rio, Claudio Castro (PSC), deve comparecer — a confederação e o governo fluminense estiveram em contato nas últimas semanas para definir a liberação de 10% da capacidade do Maracanã para que convidados e estafes dos clubes e entidades pudessem estar presentes para a partida. Houve convite também ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM).

Em dezembro de 2018, já como presidente eleito, Jair Bolsonaro esteve no Allianz Parque na entrega do troféu de campeão brasileiro. Ele foi até o gramado e tirou fotos com os atletas e com a taça. Em 2019, o presidente também participou em campo da comemoração do título da seleção brasileira na Copa América, no Maracanã.

Fonte: UOL
Créditos: UOL