COVID-19

Palmeiras aceita oferta da Conmebol e irá viajar na próxima semana para vacinar o elenco no Paraguai

Esse lote da Conmebol não virá ao Brasil. O Palmeiras não aceitaria os imunizantes se eles viessem ao Brasil e não estivessem inseridos no PNI. No entanto, hoje, avalia que não há problemas em aceitar a oferta da entidade sul-americana porque não irá tirar imunizantes da população brasileira e ressalta que não pode ir contra a vontade dos atletas e colaboradores de receberem a vacina.

 

O Palmeiras decidiu aceitar a oferta da Conmebol e terá o elenco, membros da comissão técnica e alguns funcionários vacinados. A delegação viaja no início da próxima semana a Assunção, no Paraguai, para receber a primeira dose do imunizante do laboratório chinês Sinovac.

No fim de abril, a Conmebol recebeu o lote de 50 mil vacinas doadas pela farmacêutica chinesa. Na ocasião, a entidade afirmou que o lote foi “fabricado especialmente para o futebol sul-americano e que, de nenhum modo, são vacinas destinadas a qualquer outro fim”.

A ideia da Conmebol é vacinar todas as seleções que vão disputar a Copa América e as equipes que participam de torneios internacionais organizados pela entidade, como Libertadores e Sul-Americana. Entre os clubes brasileiros, as delegações de Atlético-MG e Atlético-GO já receberam a primeira dose depois que jogaram no Paraguai.

No Brasil, a CBF precisa de uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber as doses. Seguindo a Lei nº 14.125/2021, que autoriza a importação de vacinas contra o novo coronavírus em território nacional, os imunizantes terão de ser repassados primeiramente ao SUS, para que sejam incorporados ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Esse lote da Conmebol não virá ao Brasil. O Palmeiras não aceitaria os imunizantes se eles viessem ao Brasil e não estivessem inseridos no PNI. No entanto, hoje, avalia que não há problemas em aceitar a oferta da entidade sul-americana porque não irá tirar imunizantes da população brasileira e ressalta que não pode ir contra a vontade dos atletas e colaboradores de receberem a vacina.

Em comunicado enviado ao Estadão, o clube considera que trata-se “de uma situação excepcional, que extrapola fronteiras e não se enquadra no contexto nacional” e entende que “nessas circunstâncias, a decisão sobre como proceder cabe ao cidadão. A instituição está viabilizando que seu colaborador tenha todas as condições de tomar sua decisão”.

“Avaliamos tal atitude como positiva para o combate à pandemia, ao mesmo tempo que não fere os princípios e normas do Plano Nacional de Imunização”, afirmou o clube, que reforçou que se colocou “na condição de seguidor das orientações das autoridades da saúde” e que acredita que “para se combater uma pandemia, ciência, disciplina e coordenação são fundamentais”.

O plano é que todos os atletas recebam a primeira dose do imunizante no começo da próxima semana, antes da partida contra o Juventude, quarta-feira, no Rio Grande do Sul, pela quarta rodada do Brasileirão e a segunda antes do jogo de ida das oitavas de final da Libertadores contra a Universidad Católica. O duelo está marcado para 14 de julho, em Santiago. Dessa forma, a delegação fará uma conexão no Paraguai antes de jogar no Chile

O clube ainda não concluiu a logística da vacinação e ainda vai definir quem participará da viagem, mas o planejamento é que o maior número possível de jogadores e membros da comissão técnica viajem em voo fretado ao Paraguai. Alguns colaboradores também serão imunizados. Não são todos porque alguns funcionários, casos de médicos, fisioterapeutas e educadores físicos que trabalham no clube já receberam a vacina via PNI em razão de suas profissões ou comorbidades.

No Estado de São Paulo, a gestão do governador João Doria quer vacinar 1,2 milhão de pessoas, que têm entre 55 e 59 anos, de 16 de junho a 8 de julho. Para os demais grupos por idade, a estimativa do tamanho do público-alvo não foi informada. Segundo o novo cronograma, a vacinação vai sempre evoluir dos mais velhos para os mais novos. Em quase quatro meses desde o início da campanha, São Paulo aplicou ao menos uma dose do imunizante em um total de 12,7 milhões de pessoas.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba