Tive duas imensas alegrias, no final da noite desta quinta-feira de Corpus Christi: a primeira, ver o Botafogo de Futebol e Regatas, aquele que mais jogadores deu para a gloriosa Seleção Brasileira, e garantiu, junto com o Santos, os dois primeiros títulos mundiais ao Brasil, vencer o imensamente exaltado (por sinal, com razão) clube de futebol francês, Paris Saint-Germain; a segunda, ver a cara de prejuízo dos que proclamavam uma sonora goleada do time europeu.
Não tem paralelo, para um velho torcedor e conhecedor do espírito alvinegro, do que ver o Botafogo vencer o jogo, com obediência tática, garra e um futebol altamente funcional e vistoso. Como disse o técnico francês após o jogo, o Botafogo se defendeu de uma forma como o PSG não encontrou ninguém (expressão dele) nem em La Liga (o torneio espanhol) nem na Champions (o campeonato europeu) fazer; ainda mais, acrescentou, com transições eficientes, tanto que fez o tento da vitória e ainda chutou várias bolas a gol. Luis Enrique, o técnico do PSG, sabe bem o que diz.
A outra alegria me foi proporcionada pela desmoralização de grande número de repórteres e analistas da constelação esportiva nacional que preconizavam, velada ou abertamente, uma sonora goleada do time francês sobre o brasileiro. Muitos, durante a transmissão, pareciam esperar a qualquer momento a abertura da torneira em favor do PSG. Um deles, precipitado como poucos, afirmou muito antes do jogo que, já que vitória do Botafogo ou empate eram hipóteses descartadas, a única dúvida era sobre o tamanho do placar favorável à equipe francesa.
Ver torcedores de outros times, com azarações, na vã, mas justificável esperança de ver o Glorioso desmoralizado em campos internacionais, até é normal no Brasil. Mas para um profissional da imprensa esportiva soltar um prognóstico dessa qualidade, antes de o jogo acontecer, está carecendo de tirar um tempo sabático.
Já a posição dos adversários foi diferente. Antes do jogo, o técnico e alguns jogadores do PSG, todos experimentados no futebol internacional, já alertavam sobre o que o Botafogo poderia apresentar na partida. Profissionais do futebol, eles se dedicam a conhecer o que está acontecendo ao redor, e por isso são vitoriosos.
Mas não somente eles sabiam do que o Botafogo seria capaz na peleja —sua torcida, também. Tanto que lotou as dependências do Rose Bowl, e se juntou pelo Brasil afora, revelando confiança na equipe.
O Botafogo é um clube de grande destaque na história do futebol internacional e não está de graça no Mundial de Clubes, que acontece nos Estados Unidos.
Foi uma bela vitória!
Salve o Glorioso!
Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.