O radialista, repórter, jornalista esportivo e comentarista Washington Rodrigues morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Também conhecido como Apolinho ou Velho Apolo, ele lutava contra um câncer agressivo.
Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional.
Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Ele foi colunista do jornal O Dia e Meia Hora. O comunicador também levou os talentos para a televisão.
“Trabalhei em todas as emissoras de televisão aberta: TV Globo, TV Tupi, TV Rio, TV Excelsior, TV Educativa, Rede Manchete, Record TV, CNT… Todas elas! Mas minha paixão mesmo é o rádio”, contou o comunicador, à Rádio Tupi, em 2021.
Um dos principais repórteres da história do rádio, Washington comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos.
Carismático, criou várias expressões populares como “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras.
Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube:
- em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores;
- em 1998, como diretor de futebol.
Por que Apolinho?
O apelido surgiu quando trabalhava na Rádio Globo, que comprou os equipamentos de comunicação dos astronautas da missão Apollo 11, da Nasa.
“O apelido veio do microfone. O microfone se chamava Apolinho, porque era usado pelos astronautas na missão Apollo 11. A rádio comprou aquele equipamento. Então, deu ao microfone o nome de Apolinho. Aí o Waldir Amaral, que era o narrador, falava: ‘Lá vai o Washington Rodrigues com o seu Apolinho”, disse o radialista, ao Museu da Pelada.
Fonte: IG
Créditos: Polêmica Paraíba