Revelação

Jogador da seleção de vôlei de Porto Rico fala abertamente sobre homossexualidade

O jogador porto riquenho de vôlei Dennis del Valle saiu do armário e falou pela primeira vez sobre ser gay ao jornal suíço “24 heures”.

O jogador porto riquenho de vôlei Dennis del Valle saiu do armário e falou pela primeira vez sobre ser gay ao jornal suíço “24 heures”. O esportista de 31 anos joga atualmente por um time da Suíça e faz parte da Seleção Nacional de Vôlei de Porto Rico. Dennis é natural de San Juan, Porto Rico, e relatou que tomou a decisão de falar abertamente sobre a sua orientação sexual para encorajar outros atletas LGBT+ que estão na mesma situação.

“Deve haver muitos jovens atletas que vivem em segredo, na Suíça e em outros lugares. No meu nível, tive uma carreira de sucesso sendo gay. Espero que eles digam: ‘Por que não eu?’ Talvez eu possa mudar a vida de alguém. Meu discurso poderia permitir que alguns adquirissem confiança, se sentissem mais seguros, não parassem de praticar um esporte por medo de rejeição”, relata o jogador.

O time de voleibol da Del Valle é bicampeão suíço e teve a campanha de 2020 interrompida devido ao coronavírus. O esportista se tornou o primeiro atleta do sexo masculino nas principais ligas da Suíça a ser abertamente gay. “Ser atleta gay ao mais alto nível não é uma coisa fácil. Aceitar a homossexualidade, reafirmar-se, é um processo longo e não é fácil, mesmo em um ambiente amigável”, afirma Dennis.

O jogador ainda conta que “não queria quebrar a química da equipe. Pode ser estranho para alguns. Eles começam a imaginar coisas, só pensam na minha homossexualidade e não querem tomar banho por minha causa, ou algo assim. Quando vou para a academia, vou para o trabalho, não estou lá para ver garotos”.

Após as paralisações dos jogos, Dennis voltou a Porto Rico, para ficar com a família durante a pandemia do coronavírus, e contou que teve a primeira conversa pessoalmente sobre a sua orientação sexual com familiares e amigos. “Fiquei aliviado que meu povo me aceitasse. No final, eles só queriam que eu fosse feliz, que eu posso ser eu mesmo “, observa.

Fonte: Põe Na Roda
Créditos: Armando Ribeiro