campeão

É CAMPEÃO: Fluminense supera trauma, vence Boca Juniors e conquista 1ª Libertadores

Vence o Fluminense com o verde da esperança, pois quem espera sempre alcança. E a espera chegou ao fim. O dia 4 de novembro de 2023 entra para a história tricolor. O Fluminense enfrentou gigantes no caminho, viveu oscilações na temporada, mas o final acabou sendo feliz para os seus torcedores. A conquista sobre o Boca Juniors, da Argentina, neste sábado, no Maracanã, deu a Libertadores inédita ao clube carioca e consolidou de vez o "Dinizismo" no futebol do continente.

Foto: reprodução

Vence o Fluminense com o verde da esperança, pois quem espera sempre alcança. E a espera chegou ao fim. O dia 4 de novembro de 2023 entra para a história tricolor. O Fluminense enfrentou gigantes no caminho, viveu oscilações na temporada, mas o final acabou sendo feliz para os seus torcedores. A conquista sobre o Boca Juniors, da Argentina, neste sábado, no Maracanã, deu a Libertadores inédita ao clube carioca e consolidou de vez o “Dinizismo” no futebol do continente.

O caminho rumo a glória eterna não foi fácil. E ninguém disse que seria. Na fase de grupos, o Fluminense desafiou a altitude e um gigante do continente. Nos três primeiros jogos, o Tricolor teve aproveitamento de 100% com as vitórias sobre Sporting Cristal por 3 a 1, em Lima, no Peru, e contra o The Strongest, da Bolívia, por 1 a 0, e River Plate, da Argentina, por 5 a 1, no Maracanã, com três gols de Germán Cano.

A campanha tricolor na Libertadores também ficou marcada pelo reencontro com a torcida no Maracanã, algo que não acontecia desde 2008. Em 2021, o Fluminense voltou a jogar a competição no estádio, mas sem público por conta da pandemia. No ano passado, mandou as partidas da fase prévia em São Januário e Nilton Santos por causa de uma obra no gramado.

O reencontro com a torcida no Maracanã teve festas inesquecíveis. O Fluminense teve a terceira melhor média de público da competição com 59.761 torcedores presentes por jogo, além do maior público entre clubes brasileiros com 67.515 presentes na semifinal contra o Internacional. Este público, inclusive, foi a maior marca do clube desde a reabertura do estádio em 2013.

O início de campanha do Fluminense foi animador, mas alguns obstáculos apareceram pelo caminho. As lesões sofridas por Marcelo, Alexsander e Keno prejudicaram o time por mais de um mês, e neste período o Tricolor foi derrotado pelo The Strongest, na Bolívia, por 1 a 0, e pelo River Plate, em Buenos Aires, por 2 a 0. Na última rodada, o empate por 1 a 1 com o Sporting Cristal, no Maracanã, garantiu a vaga.

O tropeço diante do Sporting Cristal, no Maracanã, quase custou caro. O Fluminense avançou na liderança do grupo, mas foi o pior classificado entre os primeiros. Nas oitavas de final, encarou o Argentinos Juniors. Sob desconfiança por uma sequência negativa de resultados na temporada, o Tricolor saiu atrás no placar, mas arrancou o empate por 1 a 1 e decidiu a vaga no Maracanã. Com drama, venceu por 2 a 0.

O personagem da classificação tricolor às quartas de final foi Samuel Xavier. O lateral-direito marcou dois dos três gols do Fluminense, sendo um em Buenos Aires e outro no Maracanã, e ambos em chutes de fora da área. Outro personagem ressurgiu das cinzas nas oitavas de final e teve papel crucial no restante da campanha rumo a glória eterna: John Kennedy.

Emprestado no início do ano, John Kennedy retornou ao Fluminense como um dos artilheiros do Paulistão e lutou para reconquistar o espaço (e a confiança) com o técnico Fernando Diniz. Nas oitavas de final, fez o gol que confirmou a classificação às quartas. Já contra o Olimpia, participa do segundo gol no Maracanã e abre o caminho da vitória no Defensores del Chaco, em Assunção.

Nas quartas de final, o Fluminense reencontrou o algoz Olimpia, do Paraguai, e teria que decidir a vaga fora de casa. Com uma tacada de mestre na partida de ida, Fernando Diniz surpreendeu Arce e deu um nó tático nos adversários. O Tricolor dominou a partida, venceu por 2 a 0, e levou uma boa vantagem para a volta. No Defensores del Chaco, nova vitória tricolor, desta vez por 3 a 1, e vaga confirmada na semifinal.

Mais uma vez o Fluminense precisaria decidir a vaga fora de casa e contrariar o desempenho ruim como visitante na temporada. Na partida de ida, o Tricolor saiu na frente, mas ficou com um a menos ainda no primeiro tempo e chegou a sofrer a virada do Internacional. Entretanto, o artilheiro Germán Cano garantiu o empate heroico e manteve o time vivo para a decisão no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Desta vez, Fernando Diniz não conseguiu surpreender o rival Eduardo Coudet com as escalações. Porém, o treinador tricolor surpreendeu com a sua coragem nas substituições nos dois jogos. O Inter saiu na frente no Beira-Rio, teve duas chances claras para definir a vaga com Enner Valencia, mas não aproveitou. E a bola puniu. Nos últimos dez minutos, o Fluminense virou com gols de John Kennedy e Germán Cano, e voltou à final da Libertadores após 15 anos.

Na decisão da Libertadores, o destino colocou mais um gigante no caminho do Fluminense. O Boca Juniors, que chegou à final após seis empates e eliminando todos os rivais nos pênaltis, fez um jogo duro diante dos tricolores. Porém, a coragem tricolor prevaleceu. As mudanças do técnico Fernando Diniz na etapa final surtiram efeito, e o Tricolor conquistou a tão sonhada Libertadores dentro da própria casa, no Maracanã, fechando de vez uma cicatriz que marcou uma geração de tricolores.

Fonte: O Dia
Créditos: Polêmica Paraíba