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Em palestra na PB, chefe de arbitragem da CBF anuncia uso do VAR fora dos estádios

A final da Supercopa do Brasil entre Athletico-PR e Flamengo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 16 deste mês, vai ter uma novidade no VAR. Pela primeira vez na América, o árbitro de vídeo não vai ficar em uma cabine dentro do estádio, como acontece em todos os jogos do Campeonato Brasileiro, por exemplo. A equipe escalada para a partida vai trabalhar em uma sala dentro da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. Esse será o início de um novo modelo que deve seguir no Brasileirão.

O anúncio foi feito pelo chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, durante passagem por João Pessoa, nessa quinta-feira (6) durante uma palestra no encerramento do curso de árbitros da Federação Paraibana de Futebol. De acordo com o ex-árbitro, o VAR fora do estádio traz mais maturidade à principal competição do país e o presidente da CBF, Rogério Cabloco, “quer ter uma confiabilidade de 100%” para implantar de vez o árbitro de vídeo centralizado.

– Nós estamos fazendo alguns testes com fibra de vídeo. Nós vamos fazer a transmissão do jogo, em Brasília, com os árbitros de vídeo no Rio de Janeiro, dentro da sede da CBF. Através de fibra ótica, vamos fazer isso. Com essa VOR (sala de operação de vídeos) centralizada, isso tecnicamente nos daria um ganho muito grande. A nossa intenção é realmente evoluir para esse lado. Algumas checagens vão ser colocadas no ar e mais alguns ajustes que a gente está fazendo para tentar maximizar a ferramenta – comentou.

O árbitro de vídeo centralizado já é algo que vem sendo feito em Copas do Mundo, como a da Rússia, no ano passado. Para Gaciba, a intenção é ter um ganho técnico com as cabines dentro de uma central na CBF.

– Os árbitros vão estar olhando as imagens e ajudando os colegas dentro do campo de jogo. Fica mais fácil por uma questão de passar orientações… eles poderem experimentar mais. O cara pode estar escalado no jogo das cinco da tarde e chegar mais cedo na sede da CBF, ocupar uma cabine do lado e ficar acompanhando um jogo às onze da manhã, para que consiga ativar o cérebro, por uma questão que vai conseguir treinar mais, por exemplo, e isso vai dar uma praticidade maior, e a tendência é uma evolução boa. O torcedor vai poder ir lá também, essa é a nossa intenção. Vidro para todo mundo olhar, transparência total – disse.

Fonte: Globo Esporte
Créditos: Globo Esporte