Ederson Araújo busca equilíbrio no Campinense, mas ressalta: “Minha metodologia é jogar para frente”

Nos últimos anos, o treinador Ederson Araújo fez parte do pequeno grupo de treinadores que passou pelo futebol da Paraíba que busca um estilo de jogo verdadeiramente ofensivo. Ainda em início de carreira, suas quatro temporadas no Atlético de Cajazeiras apresentaram sempre equipes ofensivas, que gostavam de ficar com a bola e buscavam o ataque em todas as oportunidades.

Em sua chegada ao Campinense, ele prometeu manter o mesmo estilo. Nos amistosos diante Potiguar-RN e CSP, nos quais marcou nove gols ao todo, cumpriu com a promessa. E no único jogo oficial da temporada, na Copa do Brasil, contra o Bahia, a coragem de enfrentar um adversário muito mais qualificado de peito aberto, indo para o ataque, trouxe como consequência uma goleada por 7 a 1, em uma exibição desastrosa.

Apesar do grande revés, o técnico afirmou que não pretende mudar sua forma de ver o futebol. Prometendo buscar um equilíbrio, ele afirmou que a convicção em buscar um futebol ofensivo em suas equipes está mantida.

– Minha metodologia é jogar para frente, essa é minha característica, não vejo porque mudar. Vejo sim ter um equilíbrio maior, que é o que estamos buscando agora depois do jogo contra o Bahia, e tivemos no jogo contra o Central, para justamente correr menos riscos. Minha metodologia é trabalhar sempre vertical, buscando o gol da equipe adversária – explicou.

A falta de competitividade em situações importantes devido a manutenção do esquema de jogo não foi exclusividade da passagem ainda curta do profissional pela Raposa. No Atlético de Cajazeiras, em 2019, o time foi eliminado nas semifinais do Paraibano nos pênaltis para um fraco e pragmático Campinense de Francisco Diá. Ano passado, com o futebol vistoso e na liderança do estadual até a paralisação devido a pandemia, não conseguiu vencer nos dois jogos após a volta do futebol e ficou fora das semifinais. Por fim, na Série D, ainda pelo Trovão Azul, foi demitido mesmo com o time desempenhando um futebol, mas sem conseguir conquistar bons resultados e figurar na parte de cima da tabela na fase de grupos.

Ederson Araújo foi questionado sobre a má campanha na última quarta divisão de 2020, seu primeiro campeonato nacional como treinador, no qual também não obteve sucesso – e acabou sendo demitido após a sétima rodada, com cinco derrotas e duas vitórias -, assim como na Copa do Brasil deste ano.

– O que aconteceu no Atlético-PB, a equipe jogava bem, porém errávamos muitos gols, diferente do que aconteceu aqui no Campinense. Nos amistosos, fizemos muitos gols, mas na hora que pegamos uma equipe muito forte, como o Bahia, saímos na frente dentro da nossa metodologia que tínhamos treinado, depois eles foram superiores, fizeram aquela diferença de gols que não foi legal.  Mas estamos buscando ter um equilíbrio nos setores defesa, meio e ataque, todos eles tem que saber a hora certa de pressionar os adversários, de baixar as linhas, e é isso que estamos buscando – disse.

O Campinense se preparava para enfrentar novamente o Central-PE, desta vez em Caruaru, amanhã (24), às 15h30. No confronto do último sábado, no Amigão, o rubro-negro venceu por 1 a 0, com gol marcado por Marcelinho. Entretanto, na noite de hoje, a direção da Patativa cancelou o amistoso devido a marcação da partida da equipe diante do Sport para o próximo domingo (28), o compromisso se tornou inviável.

Reforço

Mais jogadores seguem desembarcando no Renatão para compor o elenco dirigido por Ederson Araújo.

A novidade desta terça (23) foi a chegada do lateral-esquerdo João Victor, de 22 anos, que teve como último clube o Nacional-PR.

O jogador também já defendeu o Flamengo-SP e foi formado na Inter de Limeira-SP.

A estreia da Raposa no Campeonato Paraibano está marcada para 4 de abril, contra o São Paulo Crystal, no estádio Carneirão, em Cruz do Espírito Santo.

Fonte: Voz da Torcida
Créditos: Voz da Torcida