Na final, graças ao VAR

River faz 2, VAR anula gol e pênalti, e Palmeiras vai à final: Deus é palmeirense! - Por Juca Kfouri

"Deus só pode ser palmeirense. Evitou um vexame de proporções continentais"

Quando, nós, da imprensa, dizíamos que o River Plate era o favorito na disputa com o Palmeiras, e que o time brasileiro não poderia jogar de igual para igual com ele, depois da vitória por 3 a 0 os idiotas do resultadismo se multiplicaram em tentar ridicularizar a análise fria.

O 2 a 0 do primeiro tempo na casa verde mostrou a realidade.

Verdade que o Palmeiras abusou do direito de jogar como time pequeno, apenas se defendendo.

E, então, o goleiro Armani não deu gol de presente para Rony mudar o panorama do jogo, ao contrário, tirou dele a abertura do placar.

Daí, Rojas, aos 29 minutos, fez 1 a 0 de cabeça ao ganhar de Gustavo Gómez, que se machucou ainda na etapa inicial, deu lugar a Luan, e nem viu, aos 43′, Borré ampliar.

Desenhava-se a catástrofe inédita a não ser que Abel Ferreira conseguisse mudar o time da água para o vinho.

Porque o Alviverde fazia tudo errado, jogava apenas pelo regulamento, acovardado, longe da atitude de time campeão.

Chances mesmo teve duas, com Rony e com Zé Rafael, que pôde empatar, mas chutou por cima.

O Millonarios teve cinco e aproveitou duas.

Com Breno Lopes no lugar de Scarpa o Palmeiras voltou para o segundo tempo.

E logo aos 7′ levou o terceiro gol de Montiel.

O VAR salvou a catástrofe ao flagrar impedimento que sem ele passaria despercebido.

Só que o River seguiu avassalador e Weverton, em seguida, salvou o 3 a 0.

O Palmeiras, de novo favorito para chegar à final, era mero coadjuvante.

Aos 23′, Zé Rafael saiu e Emerson Santos entrou.

E para felicidade da massa alviverde, burramente, Rojas levou o segundo amarelo aos 28′.

No minuto seguinte, Alan dividiu com Borré na área e o assoprador de apito uruguaio marcou pênalti inexistente. O VAR anulou. Ufa!

A Argentina vai declarar guerra contra o VAR…

O Palmeiras seguia na final e pôs Raphael Veiga e Kuscevic nos lugares de Danilo e Marcos Rocha.

Aos 38′, Weverton fez milagre e evitou a catástrofe,

Mesmo com um a menos, o River seguia mandando no jogo.

O jogo seguiria até os 54 minutos, por causa do VAR salvador.

Com incrível frieza, sem rifar a bola, o River seguia na pressão, parecia ter dois jogadores a mais.

Aos 53′, nova checagem do VAR sobre possível pênalti contra os brasileiros disparava corações. Mas havia impedimento.

O Palmeiras perdia a invencibilidade, o menor dos prejuízos diante do melhor time das Américas.

E voltará ao Maracanã onde, em 1951, ganhou a Taça Rio, sua maior façanha em 106 anos de história,

E sabe por quê?

Porque Deus só pode ser palmeirense.

Evitou um vexame de proporções continentais.

Fonte: Juca Kfouri/UOL
Créditos: Polêmica Paraíba