Investigados

Comitê Olímpico Americano é processado por abuso sexual

O Comitê Olímpico Americano (USOC) e a USA Gymnastics (federação de ginástica) estão sendo processados por ter acobertado supostos crimes de abuso sexual do médico Larry Nassar para tentar proteger suas reputações, de acordo com o USA Today.

O Comitê Olímpico Americano (USOC) e a USA Gymnastics (federação de ginástica) estão sendo processados por ter acobertado supostos crimes de abuso sexual do médico Larry Nassar para tentar proteger suas reputações, de acordo com o USA Today. O processo está sendo feito pelos pais de uma ginasta que não foi identificada.

Nassar, que está preso desde novembro de 2016, enfrenta 22 acusações de crimes sexuais em primeiro grau no estado de Michigan, segundo o Lansing State Journal. Além disso, o State Journal afirma que ele já se declarou culpado das acusações federais de pornografia infantil.

“As alegações a respeito de Nassar são surpreendentes e tristes. Não sabíamos disso até que Nassar fosse comunicado pelas autoridades. Iremos providenciar todo o apoio para esclarecer os fatos”, disse o porta-voz do Comitê Olímpico Patrick Sandusky.

A USOC se recusou a fazer comentários mais específicos porque ainda não recebeu a notificação do processo. Já a USA Gymnastics também rejeitou falar sobre o assunto e alegou que divulgará um comunicado quando tiver conhecimento do processo.

Segundo os documentos do processo, uma ginasta de elite foi abusada por Nassar entre 2009 e 2013 em competições e training camps oficiais, tanto no país como no exterior, onde as duas entidades eram responsáveis em supervisionar a garota e garantir sua segurança.

O processo alega que a USOC e a USAG deveriam estar cientes do perigo que Nassar representa, utilizando como argumentação que as entidades têm uma lista de treinadores proibidos e também têm regras que proíbem conduta sexualmente abusiva.

Em vez de seguir sua política e procedimentos que poderiam ter limitado o acesso do médico à filha dos requerentes e outras ginastas, o processo afirma que o Comitê Olímpico e a federação de ginástica olharam para o outro lado “para beneficiar financeiramente o crescimento de seus respectivos negócios”.

Fonte: ESPN