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Brasileiro pode ser punido por gesto discriminatório em partida de tênis contra japonês

Imagens do jogo são analisadas por arbitragem e Federação Internacional marca reunião com delegação brasileira

Brasileiro pode ser punido por gesto discriminatório em partida de tênis contra japonês

Um gesto visto como discriminatório feito pelo tenista Guilherme Clezar pode fazer com que a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e o próprio atleta sejam punidos pela ITF (sigla em inglês da Federação Internacional de Tênis).

Na derrota para o japonês Yuichi Sugita, nos playoffs da Copa Davis, na madrugada desta sexta-feira, o brasileiro esticou os olhos com os dedos, como forma de crítica após um árbitro de linha marcar uma bola como fora. Após o desafio eletrônico, no entanto, o lance foi considerado válido. O gesto é visto como discriminatório às nações asiáticas e o Guilherme Clezar foi muito criticado pela atitude.

“A arbitragem está revendo as imagens da partida”, informou a ITF em nota enviada ao Estado, após ser questionada sobre possíveis punições ao tenista e à CBT. Ainda de acordo com a ITF, está agendada para sábado uma reunião entre representantes do time brasileiro e a entidade.

O Estado não conseguiu contato com Eduardo Frick, chefe da delegação brasileira em Osaka, no Japão. Também integra a delegação o ex-tenista profissional Thomaz Koch, auxiliar da equipe.

Guilherme Clezar foi escolhido para substituir Thomaz Bellucci, que está machucado, após Rogério Dutra Silva recusar a convocação. Número 244 do mundo, ele perdeu para Yuichi Sugita, 42º colocado no ranking da ATP, por 3 a 0, com parciais de 6/2, 7/5 e 7/6 (7/5), em 2 horas e 30 minutos.

O Japão está vencendo o confronto com o Brasil por 2 a 0 e está a uma vitória de garantir presença no Grupo Mundial da Davis em 2018. Neste sábado, à 1 hora (de Brasília), será disputada a partida de duplas entre os dois países. O Brasil é favorito com  Marcelo Melo e Bruno Soares diante de Ben McLachlan e Yasutaka Uchiyam