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Wes Anderson se declara fã de Buñuel e revela detalhes de seu filme na Espanha

Questionado sobre que tipo de cinema gostava, Anderson afirmou que se interessava por “muitos tipos de filmes” e que durante o confinamento voltou para ver todos os filmes de Hitchcock, mas “sempre volto para Buñuel”

O diretor americano Wes Anderson se declarou fã de Luis Buñuel e revelou alguns detalhes sobre seu próximo filme em entrevista à AFP nesta terça-feira (13) em Cannes.

Questionado sobre que tipo de cinema gostava, Anderson afirmou que se interessava por “muitos tipos de filmes” e que durante o confinamento voltou para ver todos os filmes de Hitchcock, mas “sempre volto para Buñuel”.

No dia anterior, o diretor foi aplaudido após a exibição oficial de “A Crônica Francesa”, cujo elenco de luxo, que inclui Bill Murray, Tilda Swinton, Adrien Brody, Owen Wilson, Timothée Chalamet e Benicio del Toro, chegou de ônibus ao tapete vermelho.

O filme, na disputa pela Palma de Ouro, é uma homenagem à França e ao jornalismo com a estética melancólica e sofisticada típica do cineasta. É composto por quatro capítulos e se passa em uma cidade francesa fictícia em meados do século XX.

Na entrevista, Anderson revelou detalhes sobre seu próximo projeto, rodado na periferia de Madri: “O que posso dizer é que é um filme espanhol, mas a história é americana e o papel principal do filme será interpretado por Jason Schwartzman”, um de seus atores preferidos para trabalhar (“O Grande Hotel Budapeste”, “Moonrise Kingdom”).

“Jason e eu trabalhamos juntos há muitos anos (…) e há muito tempo tenho o que creio que é um grande papel” para ele, acrescentou o diretor, vestindo um terno branco e meias vermelhas.

Sobre “A Crônica Francesa”, Anderson disse que “era como fazer três ou quatro filmes”. “Eu tinha que inventar, fazer o casting, tinha que fazer tudo. Cada vez que fazíamos uma nova história, havia muitos figurantes”.

“Há muito esperava a oportunidade de fazer um filme inteiro aqui” na França, acrescentou. Isso lhe permitiu “trabalhar com atores de que gosto e que não poderia contratar para papéis em inglês”, acrescentou, citando Mathieu Amalric e Léa Seydoux.

“Mesmo que meus filmes pareçam um pouco carregados e complexos às vezes, tudo que eu quero fazer é contar uma história de uma forma convencional,” ele continuou. “Eu tenho meus personagens, quero construir um mundo para eles e fazer com que o espectador entre nele”.

Fonte: Isto É
Créditos: Isto É