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TESÃO SEM CONTROLE: mulheres relatam insatisfação no sexo e especialistas orientam como agir: "fogo que não é normal"

É muito comum nós presenciarmos a maioria das pessoas relatando que transar duas ou três vezes por dia é muito. Mas, para outras pessoas podem não ser suficiente. Em um momento de pandemia, em que os casais estão passando mais tempo juntos, existe uma queda na libido. E como diz o ditado: "Quando um não quer, dois não beijam" quem está querendo mais sexo precisa rebolar, conversar e, às vezes, se satisfazer sozinho.

É muito comum nós presenciarmos a maioria das pessoas relatando que transar duas ou três vezes por dia é muito. Mas, para outras pessoas podem não ser suficiente. Em um momento de pandemia, em que os casais estão passando mais tempo juntos, existe uma forte queda na libido, o que dificulta ainda mais as relações. E como diz o ditado: “Quando um não quer, dois não beijam” quem está querendo mais sexo precisa rebolar, conversar e, às vezes, se satisfazer sozinho.

Entender o tesão do outro é muito importante. Uma reportagem realizada pelo Universa, mostrou a realidade de duas mulheres que não se satisfazem tão fácil com uma simples transa, e por isso trouxemos esses relatos e dicas de especialistas para saber como agir nesse tipo de situação.

Liliam e Wendy tem sentido que andam com mais vontade transar que os parceiros e isso tem as incomodado.

Confira os relatos:

“Desde o final da adolescência, eu sempre senti que tinha esse fogo e que não era considerado normal para meninas da minha idade. Para meninos, sim. Meninas, não. Quando eu comecei a namorar percebi o problema. Eu sempre queria muito mais do que os meus parceiros. Cheguei a conversar com meu ginecologista na época sobre isso, mas como não era nada patológico, não dei muita bola.

Contudo, sempre foi uma questão porque mexe com a virilidade masculina não ser o suficiente, a mulher querer mais e não satisfazê-la. É bizarro, porque você acaba de transar e se masturba, sempre quer mais.

A maioria dos caras, quando o relacionamento começa, acha superlegal, mas depois de um tempo começa a cansar e eles não acompanham o ritmo. Começam a se frustrar e vira uma obrigação.

E é chato, tanto para mim quanto para eles. O tesão também está no outro querer. Estar solteira é mais cômodo e mais tranquilo. É mais justo comigo e com a pessoa com quem me relaciono que eu tenha vários parceiros, e que eu consiga me satisfazer dessa forma, do que gerar frustração no próximo.

Infelizmente, eu não consigo viver em uma relação não monogâmica, não tenho esse desprendimento, não é pra mim. Ter mais tesão também passa muito pelo viés do machismo, porque a mulher não pode. Temos que ser recatadas, fazer doce, a piada da dor de cabeça… O homem tem que ser sempre voraz, o que quer e tem que tirar para satisfazer a vontade. Eu sou estupidamente fiel, nunca tive esse problema. Até quando eu estou solteira sou muito discreta”. Liliam Carvalho, 32 anos, coordenadora de operações

“Tento levar na base da brincadeira”

“Não é que eu acho que tenha mais tesão que meu marido, e sim, que ele consegue se segurar mais do que eu. Tenho 36 anos e ele 44, não é uma diferença de idade tão grande assim, mas ele sente como se fosse e tem alguns pudores que eu nem ligo. Tenho dois filhos, então qualquer motivo é ‘as crianças estão em casa’ ou ‘deixa para outra hora’.

Como gosto de fazer piada de tudo o tempo todo, porque acho que deixa a vida mais leve, fico pegando nele, passando a mão e o deixo bem sem graça. Ele fica desconcertado. Por isso que não acho que seja falta de vontade ou sentimento, é uma questão de pudor.

Meu filho mais novo dorme na nossa cama, ele tem cinco anos. O colocamos no quarto dele, mas na madrugada ele volta. Um dia brinquei dizendo que a gente podia namorar depois que as crianças dormirem e pedi pra ele me acordar. E ele não fez isso. No dia seguinte brinquei dizendo que ele tinha me enganado, mas que da próxima não ia colar [risos]. Estamos juntos há 5 anos e ele é o pai de coração dos meus filhos. Quando casamos, a rotina mudou. Eu costumo brincar dizendo que se soubesse que era só casar que ele não ia mais querer fazer sexo comigo tinha ficado no namoro. [risos]. A gente leva assim, na base da zoação. Acho muito saudável e natural. Não vejo problema algum”. Wendy de Oliveira, 36 anos, assessora de imprensa

Existe uma média ideal?

Perceber que seu apetite sexual está acima do “normal” não é uma tarefa tão simples assim. É necessário observar como o tesão está impactando a vida como um todo e, claro, contar com a avaliação de um profissional.

“Frequentemente, o paciente se dá conta diante da incompatibilidade com o próprio parceiro ou em uma experiência psicoterápica”, diz o psicoterapeuta Luciano Vilaça. Como seres individuais, não podemos pautar nosso tesão apenas por terceiros. Se um primeiro indício é seu parceiro não acompanhar as vontades, o que pode ser comum, há outros sinais mais agravantes que fazem com que a acenda uma luz vermelha de atenção.

“Se essa hipersexualidade começa a prejudicar o sujeito, o coloca em situações perigosas para conseguir esse prazer, prejudica a vida profissional e afeta as relações amorosas, esse tesão torna-se um problema”, diz Saymon Ferraz, psicólogo e especialista em neuropsicologia.

Se consegue admitir que precisa de apoio para conseguir desenvolver ferramentas para controlar esse desejo constante, está na hora de procurar um profissional, mas como todo tratamento psicológico, o resultado não é imediato. Se quem está passando por esse problema dentro de um relacionamento, é importante contar com a compreensão do parceiro. “É importante ser franco e dialogar para encontrar uma solução que beneficie os dois. Será necessário apoio e empatia no processo de terapia”, completa Saymon.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba