Prêmio Multishow 2020

Tatá Werneck é processada pela RedeTV!, por piada no Prêmio Multishow

A RedeTV! abriu um processo contra Tatá Werneck por uma piada feita no Prêmio Multishow 2020. Na ocasião, a humorista disse que o vestido escolhido para o evento custava "uma grade" da emissora. Pelo deboche, a empresa de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho pede a indenização de R$ 50 mil.

A RedeTV! abriu um processo contra Tatá Werneck por uma piada feita no Prêmio Multishow 2020. Na ocasião, a humorista disse que o vestido escolhido para o evento custava “uma grade” da emissora. Pelo deboche, a empresa de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho pede a indenização de R$ 50 mil.

Na ação, os advogados da RedeTV! dizem que Tatá ironizou a qualidade de sua roupa e a associou “de forma totalmente descabida ao orçamento e à qualidade técnica” da emissora.

O Prêmio Multishow foi exibido entre 11 e 12 de novembro, e a humorista disse ao vivo: “Gente, não repare, eu vim de moto direto, entendeu? Eu vim assim. Peguei no varal, tá molhada ainda. Isso aqui é o orçamento de uma grade da RedeTV!. Pelo amor de Deus gente, não quero que vocês reparem”.

“Neste contexto, podemos ver, de forma cristalina, que a Ré faz chacota da emissora Rede TV!, comparando em tom de ironia a qualidade de sua vestimenta à qualidade e capacidade financeira desta emissora. A Ré declara, de forma inegável, que a sua roupa, molhada e amarrotada, teria o orçamento igual ou maior do que o de uma ‘grade’ inteira desta emissora autora, criticando grosseiramente toda a qualidade da programação, bem como, a capacidade financeira da autora”, diz a defesa da emissora.

No processo, divulgado inicialmente por Leo Dias, colunista do Metrópoles, os advogados citam uma possível perseguição de Tatá à emissora, uma vez que piadas pejorativas sobre a empresa de Dallevo e Carvalho são recorrentes em seu repertório. É citada também a edição de 2018 da CCXP, quando a humorista agradeceu a Deus por não ter integrado o Pânico na TV, em 2010, que era exibido pela RedeTV!.

A inicial diz que os comentários de Tatá são responsáveis por macular a imagem da RedeTV! no mercado. “Contudo, não se pode olvidar que as atitudes da ré [Tatá] acabam por impingir nesta emissora a pecha de ser um canal de má qualidade ou ter capacidade financeira precária, prejudicando relações com investidores, talentos, anunciantes, etc.”, diz a ação.

Tatá é acusada de praticar ato ilícito e por causar danos morais à imagem da RedeTV! com suas piadas. Por esta razão, é pedido a ela o pagamento de uma indenização de R$ 50 mil.

“Os comentários levados a termos pela ré abalaram enormemente a imagem
desta emissora. Tais ataques repercutiram terrivelmente entre seus  telespectadores e o público em geral. A autora, empresa televisa e de mídia reconhecida nacionalmente, teve sua honra objetiva completamente maculada por comentários abusivos e sem qualquer base factual”, defendem os advogados.

Ricardo Brajterman, advogado da humorista, disse ao Notícias da TV que a RedeTV! “perdeu completamente o senso do ridículo” e classificou o processo como “descabido”, um ato desesperado para conseguir dinheiro. Confira a íntegra da nota:

“A RedeTV! perdeu completamente o senso do ridículo. Esse processo, sim, é uma piada infame, fadado ao insucesso. A fala da Tatá está dentro do limite constitucional da liberdade de expressão e da liberdade artística, em nenhum momento houve discurso de ódio e muito menos, por exemplo, uma manifestação para que boicotem a emissora, o que poderia, em tese, gerar algum dano.

A visão da RedeTV! é tão obtusa que não conseguiu enxergar que a manifestação da Tatá foi positiva para o canal. Essa ação é um tiro no pé, pois é nítido o interesse de escuso de abocanhar uma indenização indevida, fomentando a ‘indústria do dano moral’.

Entretanto, se a RedeTV! está tão desesperada por dinheiro, a ponto de fabricar um processo totalmente descabido para pedir R$ 50 mil a Tatá, eu posso tentar convencer minha cliente a doar o vestido que ela usou no Prêmio Multishow, e eles ainda podem ficar com o troco.”

Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba