Violência na Paraíba: a quem recorrer?
Em seu programa de rádio, segunda-feira última (22), o governador do Estado tentou transferir a responsabilidade pelo aumento da violência na Paraíba, entre outros, à imprensa e a sociedade, pois “as pessoas estão perdendo o limite”.
Seria prudente o Governador implantar uma política de segurança pública, que valorize essencialmente o quadro de pessoal com aparelhamento das tropas, cursos de aperfeiçoamento e efetivo condizente com as necessidades. No caso da PM, por exemplo, há um déficit de mais de 9 mil homens, segundo o presidente do Clube dos Oficiais, coronel Francisco. Uma Lei Complementar (88/07) define que o efetivo deve ser de 18 mil militares, entre homens e mulheres.
Falta de segurança nos setores de fiscalização
Há tempo o Sindifisco-PB vem denunciando a falta de segurança pública na Paraíba, que atinge também os locais de trabalho do Fisco, a exemplo dos postos fiscais que não dispõem de policiamento ou registram efetivo insuficiente, provocando insegurança nos auditores que estão, diariamente, à mercê da ação de bandidos.
Nos últimos tempos, em diversas ocasiões a diretoria do Sindifisco-PB relatou à Secretaria da Receita casos de assaltos à mão armada a caminhoneiros, inclusive com registro de disparo de armas de fogo. Porém, o Governo ignorou as reivindicações e, até o momento, não designou policiais para garantir a segurança dos auditores fiscais.
População clama pelo fim da violência
No decorrer do fechamento desta edição, sexta-feira última (26), entidades representativas da sociedade, entre as quais o Sindifisco-PB, e pessoas de diversos segmentos manifestaram interesse em participar da Marcha pela Segurança, organizada pelo Movimento pela Paz, em João Pessoa.
Agendado para quinta-feira última (25), devido às chuvas o evento foi transferido para o sábado (27), com concentração na Praça da Paz, nos Bancários, e seguindo pelas ruas do mesmo bairro.
Notícias Relacionadas
Iniciativas como essa, em que a população vai às ruas reclamar o fim da violência, refletem o sentimento coletivo de insegurança que toma conta da Paraíba, que registra 38 mortes para cada 100 habitantes, quando em São Paulo é de 9,52, segundo matéria veiculada pela Folha de São Paulo (26/06).
Audiência sobre segurança pública
Após o fim do recesso parlamentar, dia 6/07, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, deputado Frei Anastácio (PT), reiniciará as articulações na Assembleia Legislativa para a realização da audiência pública que vai discutir a violência.
O objetivo é reunir diversos segmentos dos servidores, da sociedade, representantes do Governo e do setor de segurança para, juntos, traçar um perfil da violência no Estado no intuito de buscar uma solução para o problema que aflige os paraibanos.
Mesa-redonda, dia 30
Nesta terça-feira (30), das 11h às 12h, será realizada mais uma mesa-redonda do Sindifisco-PB. Alcançando a sua 7ª edição, os debates ocorridos a cada 14 dias, veem pautando temas importantes sobre questões relativas ao Fisco. O tema em discussão será: Direitos, Deveres e Garantias do Servidor Público no Processo Administrativo Disciplinar à Luz do seu Estatuto (LC 58/2003).
Tanto na sede como por meio da internet – www.sindifiscopb.org.br – desde o primeiro evento vem crescendo o interesse e a interação dos colegas nas discussões quer presencialmente ou enviando sugestões e perguntas possibilitando um maior aprofundamento nos temas propostos.
Temporada 2015 do Sindicultura
O projeto Sindicultura abre a temporada 2015 prestigiando o público infantil, com Iê Malungo, espetáculo que traz a arte do teatro de bonecos. A apresentação acontece no próximo dia 12, às 16h, no teatro Piollin (ao lado da Bica), na Capital. A montagem é da Cia Boca de Cena e utiliza duas formas de manipulação (direta e luvas) e conta a história de uma criança muito curiosa que vive a perguntar sobre as suas origens. Até o mês de novembro, serão mais 20 apresentações no gênero humor, música e teatro, todas abertas ao público.
