Pulseira inteligente permite monitoramento da saúde de idosos a distância

iCare

É um caso que acontece em muitas famílias: a avó do engenheiro de software Ivens Leão não abre mão de morar sozinha, mas sua idade avançada faz com que todos se preocupem com sua saúde e seu bem estar. E se tirar ela de casa é inaceitável, pagar para que enfermeiros cuidem 24 horas da idosa é financeiramente inviável.

Pensando em uma solução para esse problema, Ivens e os sócios Matheus de Almeida e Ana da Mata desenvolveram uma pulseira para monitorar a saúde de idosos a distância, batizada de i-Care. “existem 550 mil idosos na região sudeste apenas, então existe mercado para a nossa solução”, conta Ivens.

São muitas as tecnologias reunidas no produto de Ivens. A pulseira é capaz de medir dados biomédicos como pressão, batimentos cardíacos e outros, que são enviados para um servidor que faz relatórios frequentes e os envia para quem tem acesso ao monitoramento do usuário. “No caso de uma emergência, como uma arritmia, um alerta é emitido imediatamente”, detalhou Ivens.

Além disso, o dispositivo também é capaz de detectar se o usuário sofreu uma queda. “É um dos principais riscos para idosos”, disse Ivens. E claro, no caso desse tipo de incidente, um alerta chega na mesma hora aos responsáveis. A i-Care conta ainda com um sensor de ociosidade, que percebe se o idoso fica muito tempo parado, o que pode ser tanto um problema de saúde imediato ou fator para gerar mazelas posteriores – é importante se manter ativo quando a idade avança.

Por fim, o dispositivo tem um botão de ajuda que pode ser pressionado pelo idoso no caso de qualquer emergência. “Tudo funciona sem fio e a pulseira não É nem um pouco intrusiva, respeitando o idoso”, completou Ivens.

A i-Care é uma startup a beira do lançamento comercial do seu primeiro produto – a equipe mira o mês de abril para começar a vender. No caminho, venceram prêmios como o Desafio Pfizer, em que ficaram em primeiro lugar com a pulseira, e foram acelerados pelo Lemonade. Agora, falta pouco para o gadget e os aplicativos para iOS e Android CHEGAREM ao público. “Fizemos um lote de teste no laboratório aberto do Senai e agora já estamos nos preparando para o lançamento comercial”, explicou Ivens.

“E com a pulseira, não vai ser mais preciso ligar de 10 em 10 minutos para saber se minha avó está bem”, concluiu Ivens.

Fonte: Estado de Minas