POLÊMICA NO CINEMA: Téologo afirma que Jesus diria 'Não assista!' sobre filme de super-herói

 

Filmes de super-heróis estão em alta no cinema. Em especial os produzidos pela Marvel. O mais recente deles, Deadpool, estreou na semana passada em vários países. Em seu primeiro dia de exibição nos cinemas dos Estados Unidos, bateu o recorde de arrecadação.

É o filme com melhor desempenho numa quinta-feira de fevereiro na História. O longa dirigido por Tim Miller somou US$12,7 milhões. No Brasil, no primeiro dia de exibição, o filme levou mais de 350 mil pessoas aos cinemas e arrecadou cerca de R$ 5 milhões.

O diferencial de Deadpool em relação aos outros filmes do gênero – geralmente recomendado para maiores de 12 anos – é que ele só pode ser visto por maiores de 16 anos. O motivo é por conter “violência e linguagem fortes, conteúdo sexual e nudez”.

A história mostra como Wade Wilson, ex-agente das Forças Especiais, se tornou um mercenário. Após ser submetido a um experimento, ficou com poderes de cura acelerada. Ele se torna então Deadpool, um anti-herói, conhecido pelo humor negro e distorcido.

O teólogo e escritor John Piper deixou bem clara sua opinião em um de seus podcasts. O material está disponível em seu site.

Basicamente, defende que os cristãos não deveriam ver filmes e programas de TV que contenham nudez. Ele elaborou um tipo de “lista” com sete motivos que servem para julgar não apenas Deadpool, mas muito do que é consumido como entretenimento.

Alternando referências bíblicas com ponderações a partir da interpretação delas, logo no início já lembra a admoestação de Jesus “Se teu olho direito te faz pecar, arranque-o e jogue fora” (Mateus 5.28-29).

Ele lembra que ver pessoas nuas em uma tela faz com que inevitavelmente surjam pensamentos impuros em quem assiste. Lança então um desafio: “Se Jesus nos mandou guardar nosso coração, mesmo que fosse necessário arrancar nossos olhos para nos prevenir da cobiça, quanto mais ele diria: “Não assista!”?

Em seguida, ressaltou que ver nudez de alguém que não seja o cônjuge, “reduz a capacidade do coração de ver e se deleitar em Deus”. Pediu ainda que os cristãos considerem que esse tipo de entretenimento nos faz partilhar do pecado alheio. Questiona se oramos pelas mulheres que aparecem nuas na tela e se ficaríamos “feliz” se nossa filha ou esposa “fizesse este papel”.

Declara ainda que “nenhum grande filme ou série de televisão precisa de nudez para acrescentar à sua grandeza”. Mas as cenas são colocados no ar por que ajudam a vender.

Ao mesmo tempo, o Christian Today fez uma análise sobre o filme. Classificou-o como um bom filme para os padrões de hoje em dia, que deverá ter muito sucesso e gerar continuações.

Contudo, o tom do site é justamente na mudança dos padrões da sociedade, inclusive dos cristãos. Afirma que o longa pode se tornar um “ponto cultural de referência na cultura juvenil”. Justamente por isso, lembra que 20 anos atrás esse tipo de filme geraria uma grande insatisfação nos cristãos por “advogar a violência e o sexo gratuito”, mas que hoje não gera muito debate e muito provavelmente será um sucesso também entre os cristãos que gostam de cinema.

Para o jornalista Martin Saunders, que assina o artigo, esse é justamente o perigo, pois nos mostra que não usamos Filipenses 4 como medida do que devemos assistir.

Fonte: GospelPrime