
No momento em que as quedas de audiência afetam de séries-blockbuster como “The Walking Dead” às telenovelas globais, a saga da HBO, criada por David Benioff e DB Weiss, foi a única que conseguiu não só aumentar exponencialmente o seu número de fãs como também se tornar um dos maiores fenômenos culturais já vistos. Independentemente de seu final ser satisfatório ou não, uma coisa é certa: “Game of Thrones” já fez história.

Como “Thrones” chegou lá
Desde seu início, a série chamou a atenção: seu visual, com figurinos elaborados e efeitos especiais de primeira linha, estava muito acima do que a concorrência apresentava; ela também mostrava um universo de fantasia que era incomum no cenário da TV americana, à época centrado em figuras anti-heroicas como o Don Draper de “Mad Men” e o assassino em série que era o personagem-título de “Dexter”.
Mas talvez mais importante do que isso fosse a forma como “Game of Thrones” contava a sua história. A série subvertia a todo tempo os clichês narrativos, com reviravoltas bem construídas e nenhum pudor em matar personagens queridos do público. Isso era suficiente não só para deixar o público ansioso pelo próximo episódio, mas também manter a produção entre os assuntos mais comentados da semana, seja nas redes sociais ou no cafezinho da firma.
Dessa forma, “Thrones” acabou criando (e fortalecendo) uma cultura em que os fãs faziam questão de assistir ao episódio na hora em que ele fosse ao ar – especialmente para não correr o risco de tomar um spoiler e ter sua experiência de assistir ao episódio estragada. Em sintonia com isso, em 2015 a HBO anunciou que pela primeira vez a série teria transmissão simultânea em nada menos do que 170 países e lançou, nos Estados Unidos, seu serviço de streaming independente da TV a cabo.
Não por acaso, foi o mesmo ano em que a atração parou o mundo com a morte do mocinho Jon Snow, ao fim de sua quinta temporada. Pelos meses seguintes, até a estreia da sexta temporada, especulações sobre o destino do personagem dominaram todas as conversas no universo da cultura pop, e Kit Harington passou a ter cada passo seu acompanhado por fãs e paparazzi. O processo mandou o ator direto para a terapia, mas foi a prova definitiva da força da série como fenômeno cultural.
E ela, indiscutivelmente se manteve: desde o início de sua oitava e última temporada, “Game of Thrones” está entre os assuntos mais comentados — em todos os lugares.
Fonte: UOL
Créditos: BEATRIZ AMENDOLADO