BBB21

Karol Conká, Nego Di e Lumena são negros racistas? Falas preconceituosas dividem opinião do público

A edição do BBB21 tem gerado muita polêmica, e a fala de alguns participantes negros trouxe de volta um assunto polêmico, o 'Racismo Reverso'.

A edição do BBB21 tem gerado muita polêmica, e a fala de alguns participantes negros trouxe de volta um assunto polêmico, o ‘Racismo Reverso’. Algumas pessoas defendem que brancos também sofrem racismo, e outras criticam esse tipo de pensamento. Esta jornalista que vos fala seguia a segunda opinião, não existe racismo contra brancos, isso é impossível. Mas foi um engano. De fato acredito que não existe racismo reverso, existe racismo e ponto!

Nosso país é sim muito racista! Marginaliza os negros, não oferece oportunidades iguais, menospreza, agride e os diminui. Mas o que o reality da Rede Globo está mostrando é um cenário inimaginável. Um cenário onde os negros diminuem e menosprezam os brancos. Falas pesadas de Karol Conká e seus companheiros de jogo nos fazem refletir e perguntar: Se fosse o contrário, o que aconteceria?

Karol Conká humilhou e fez um verdadeiro terror psicológico com o ator Lucas Penteado. O jovem que também é negro, sofreu humilhações terríveis protagonizadas pela rapper. Gritou, xingou, humilhou e fez com que toda a casa se voltasse contra Lucas, tendo nele a imagem de uma pessoa abusadora, o que não era verdade. Ela chegou a gritar com ele durante o primeiro jogo da discórdia.

“Você não olha pra mim, cara! Vira essa bosta dessa cara pra lá. Isso! Respeita a mamacita”, disparou Karol contra o ator.

Lucas foi só um que passou pela língua afiada e muito maldosa de Conká. De maneira pejorativa, a cantora disse durante conversa com os amigos, que Arcrebiano não queria ‘barbiezinha’, se referindo a aparência de Carla Diaz.

“Ele não quer barbiezinha docinha. Ela é muito fofa. Ele quer o perigo”, disse.

Parece pouco? Esses foram apenas alguns episódios polêmicos relacionados ao trio (Conká, Nego Di e Lumena).

O humorista Nego Di que até agora só mostrou acidez e zero humor também não ficou de fora nos comentários desnecessários. Ele questionou a negritude de Gilberto, dizendo que o economista era no máximo ‘sujinho’.

“Ele pode ter alguém, um vô, uma vó. O racismo só sofre quem é da nossa cor, o policial não te para porque tua mãe é negra. Ele é um pouquinho sujinho. Se esfregar bem com aquelas buchas ali que a gente toma banho, fizer um acabamento naquele cabelo dele, passar um gel”, disse ele em conversa com Karol Conká, Lumena, Carla Diaz, Thaís e Pocah.

É impossível não perguntar, e se um branco falasse algo parecido com isso, a repercussão seria a mesma? Nós ‘passaríamos pano’?

A psicóloga Lumena Aleluia, fez críticas sobre a aparência da participante Carla Diaz. Em uma conversa com Karol Conká após a Prova do Anjo, ela chamou a atriz de “Sem melanina”, “desbotada” e “olho de boneca assassina”.

Se Carla falasse algo do mesmo teor sobre Lumena, ela certamente já estaria do lado de fora da casa, teria sido expulsa e responderia a um processo. Lumena fez um comentário desnecessário e carregado de ódio. Um ódio de uma mulher negra por uma mulher branca.

Para Lumena as características de Carla são fofas demais, o que seria um privilégio de mulheres brancas.

“Tem meninas aqui que se reivindicam fofa, gozam, se privilegiam desse lugar de ser fofa, se isentando aqui de uma vivência de se posicionar. O que eu gostei na Viih [Tube] é que ela goza desse privilégio da fofura branca, privilegiada, mas é posicionada. Só que ela se posicionou em prol da outra fofa. As fofurices se encontram“, disparou Lumena, referindo-se a Diaz.

Os três negros que tentaram militar no reality perderam a mão. Karol, Nego Di e Lumena deram instrumentos para que os racistas invalidassem uma luta tão sofrida, e tão massacrada que é a luta antirracismo. Militam quando lhes convém, e fizeram com que o público questionasse sobre como os brancos também podem sofrer racismo.

O trio mostrou que nem sempre o negro é oprimido, ele também pode ser o opressor.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: REBEKA MELO