É HOJE - De Volta Para o Futuro: o fetiche em torno de uma data mitológica da cultura pop

O filme De volta para o Futuro 2 deixou uma data histórica para fãs do mundo inteiro, e essa data chegou

21 de outubro

Essa postagem chega até você no mesmo dia, hora e minuto em que Marty McFly chegou ao futuro ( no caso o nosso presente). A data de chegada na viagem ao tempo é exatamente, 21 de outubro de 2015 às 16 horas e 29 minutos. Essa data gerou expectativas e uma legião de fãs a guardavam ansiosamente.O filme foi lançado em 1989 com a direção de Robert Zemeckis, trazendo a sequencia do sucesso de bilheteria “De volta para o futuro.”

Muitas previsões desse futuro não se concretizaram, outras chegaram perto, mas o que Marty pensaria desse nosso futuro? Rede mundial de computadores, WhatsApp, vida hiperconectada, realidade aumentada, pessoas unidas e separadas pela tecnologia.

Quando Bob Gale escreveu o roteiro do longa, lançado em 1989, ainda existiam muitas teorias de conspiração sobre a chegada dos anos 2000 e também uma imagem de que o futuro nos reservaria carros voadores e roupas que se adaptam ao corpo. Algumas das apostas não se confirmaram, outras chegaram a acontecer ou estão prestes a se concretizar.

Confira algumas delas:

Transportes
“Para onde vamos não precisamos de estradas” – esta foi uma promessa que o filme não cumpriu.

Empresas ensaiaram, sem sucesso, lançamentos de carros voadores. A Terrafugia, de Boston (EUA), é um exemplo: prometeu começar a vender um modelo em 2012, mas ainda está tentando viabilizar o negócio.

De Volta para o Futuro 2 pode ter errado quanto aos carros pelos céus das cidades, mas acertou em um detalhe.

Mas o conversor de energia Mr. Fusion, que transformaria lixo em combustível para o carro, ainda não é viável.

Algumas empresas, no entanto, já testam a geração de energia a partir do lixo. Cidades britânicas como Bristol e Bath recentemente começaram a usar ônibus cujo combustível é feito a partir do tratamento do esgoto e da comida descartada.

Também há esforços em curso em outros lugares para transformar os detritos gerados pela agricultura em um suplemento para gasolina. E o Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo.

O modo como o personagem Biff pagou uma corrida de táxi, com a impressão digital do polegar, não é tão diferente da maneira como pagamos por serviços de transporte como aplicativos de táxi, Uber e seu concorrente Lyft, sem usar cédulas de dinheiro.

Até a famosa cena do skate voador, ou hoverboard, não parece totalmente absurda em 2015.

A Lexus demonstrou o funcionamento de seu hoverboard em agosto. Ele requer uma pista de trilhos de metal no chão para poder levitar.

Recentemente o skatista Tony Hawk também foi filmado testando um outro hoverboard, o Hendo, baseado em uma tecnologia magnética parecida à usada pelo skate voador da Lexus.

 Assista o skate voador em ação:

No entanto, placas de carro com códigos de barra não viraram realidade.

O uso da tecnologia nas roupas já havia sido previsto pelo filme na jaqueta usada por Marty.

As roupas de hoje podem não ter todas as funções do casaco cinematográfico, como o secador interno. Mas alguns pioneiros já estão fazendo experiências: como encaixar eletrônicos nos tecidos das roupas.

Os quepes da polícia de De Volta para o Futuro 2 têm pequenas telas onde é possível ler mensagens. O paralelo disso no presente são os vestidos da marca CuteCircuit’s, que mostram tuítes.

A Nike, por sua vez, já patenteou os tênis que se amarram sozinhos, parecidos com os mostrados no filme.

Mas De Volta para o Futuro 2 acertou mais quando tentou prever como seria o entretenimento dentro de casa.

A tela plana mostrada na casa de Marty McFly se parece com os painéis flexíveis mostrados recentemente pela LG em exposições do setor. Há rumores de que em breve essas telas serão comercializadas.

Já as televisões controladas pela voz já são realidade graças às smart TVs da Samsung e Sony, além de dispositivos como a Apple TV e o dispositivo da Amazon.

Óculos inteligentes

Temos uma pequena pista do que Marty Jr. vê através de seus óculos supertecnológicos mostrados no filme, da marca JVC, que hoje é uma força muito menor no mercado de eletrônicos.

Os maiores nomes do setor hoje estão apostando em várias formas de tecnologia parecida com a mostrada: a Microsoft com o Hololens, o Oculus Rift do Facebook ou a segunda versão do Google Glass.

No entanto, o maior erro do filme é a ausência dos smartphones.

Marty Jr. inclusive usa no filme um telefone público da operadora americana AT&T. O irônico é que esta foi a primeira companhia a oferecer o iPhone.

Não é que o longa não previsse uma mundo conectado pelos dados. Uma conversa em vídeo ao estilo do Skype é mostrada, e os dados de quem fez a ligação também aparecem. Mas a comunicação ocorre através da TV, e não por smartphones.

Futuro offline

É difícil ser muito crítico em relação ao filme quando se leva em consideração que a internet tinha sido inventada no ano de lançamento do longa e o primeiro navegador só foi lançado no ano seguinte.

Isso pode explicar por que CD-Roms e os grandes Laser Discs são mostrados em pilhas de lixo. E, em uma era em que o e-mail nem tinha este nome, os futuristas responsáveis pelo filme imaginaram que seria mais fácil mandar um fax no meio da rua.

A tela plana mostrada na casa de Marty McFly se parece com os painéis flexíveis mostrados recentemente pela LG em exposições do setor. Há rumores de que em breve essas telas serão comercializadas.

Já as televisões controladas pela voz já são realidade graças às smart TVs da Samsung e Sony, além de dispositivos como a Apple TV e o dispositivo da Amazon

É difícil ser muito crítico em relação ao filme quando se leva em consideração que a internet tinha sido inventada no ano de lançamento do longa e o primeiro navegador só foi lançado no ano seguinte.

O legado do filme De volta para o futuro trouxe a ficção científica de maneira bem humorada e atraente, com personagens fortes e previsões reais e outras nem tanto sobre o nosso tão sonhado futuro, a nós cabe apenas assistir com uma dose de nostalgia a chegada a esse admirável mundo nem tão novo.

 

 

Fonte: BBC / Redação Polêmica