DEMISSÕES DE JORNALISTAS EM MASSA: API e ACI se revoltam contra empresários; "os jornalistas não podem pagar pelas crises financeiras "

As entidades lamentam a onda de demissões que avança sobre os veículos de comunicação no início deste ano. A experiência mostra que demissões resultam sempre na sobrecarga de trabalho dos que ficam, tensão nas redações e aumento do estresse e perda de qualidade de vida, seja no âmbito profissional ou familiar e consequentemente a perda da saúde dos trabalhadores.

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“Os jornalistas não podem pagar pelas crises financeiras ou administrativas das empresas”, entendem a Associação Paraibana de Imprensa (API) e a Associação Campinense de Imprensa (ACI) que hoje (03), em nota conjunta assinada pelos presidentes João Pinto e Fernando Soares, se insurgiram contra o vendaval de demissões que tem alcançado a maioria das redações no Estado nesta primeira semana de fevereiro. Fernando Soares e João Pinto foram fortes na nota, contra empresários de comunicação

As entidades representativas da categoria ensinam que a solução das dificuldades econômicas “não passa por demissões injustificáveis e, sim, pela valorização profissional, através de salários justos e condições de trabalho adequadas”.

Confira a nota:

ASSOCIAÇÃO CAMPINENSE DE IMPRENSA – ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE IMPRENSA

NOTA DE SOLIDARIEDADE

A ACI – Associação Campinense de Imprensa, e a API – Associação Paraibana de Imprensa, vêm a público manifestar irrestrita solidariedade aos jornalistas e demais trabalhadores demitidos recentemente pelas empresas de comunicação de Campina Grande, que, sob o argumento de redução de custos e de uma nova política de gestão, demitiram do seu quadro funcional jornalistas profissionais talentosos e com larga experiência no mercado.

As entidades lamentam a onda de demissões que avança sobre os veículos de comunicação no início deste ano. A experiência mostra que demissões resultam sempre na sobrecarga de trabalho dos que ficam, tensão nas redações e aumento do estresse e perda de qualidade de vida, seja no âmbito profissional ou familiar e consequentemente a perda da saúde dos trabalhadores.

Na contramão do que deveria ser, as empresas optam pelo caminho fácil da redução de folha de pagamento quando deveriam incentivar e promover seus profissionais dando-lhes estimulo para a produtividade.

As entidades representativas da imprensa consideram que os jornalistas não podem pagar pelas crises financeiras ou administrativas das empresas, uma vez que a solução das dificuldades econômicas não passa por demissões injustificáveis e, sim, pela valorização profissional, através de salários justos e condições de trabalho adequadas.

Campina Grande, 03 de fevereiro de 2016.

Fernando Soares dos Santos – Presidente da ACI

João Pinto Neto – Presidente da API

Com http://www.apalavraonline.com.br/