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BEIJO GREGO: após repercussão do ex-BBB, Wagner Santiago, especialista dá dicas sobre a prática sexual - CONFIRA

Mais um vídeo, polêmico, viralizou nas redes por esses dias e virou o assunto do momento. O famoso "beijo grego", protagonizado pelo ex-BBB Wagner Santiago. O combo ex-BBB e vídeo íntimo já dá o que falar entre os internautas. Mas, a repercussão se deu por conta ainda de um tabu que rodeia essa parte do corpo.

Mais um vídeo, polêmico, viralizou nas redes por esses dias e virou o assunto do momento. O famoso “beijo grego”, protagonizado pelo ex-BBB Wagner Santiago. O combo ex-BBB e vídeo íntimo já dá o que falar entre os internautas. Mas, a repercussão se deu por conta ainda de um tabu que rodeia essa parte do corpo.

O “beijo grego”, para quem não sabe, é sinônimo do famoso cunete: beijar o ânus da parceria ou parceiro.

Diz-se que na Grécia Antiga os amantes costumavam estimular a região anal quando estavam fazendo sexo oral em suas parcerias, indo do ponto A ao ponto B, por isso o nome. Fazia parte do jogo erótico, sem conotações subjetivas. Mas em algum momento da nossa história a prática foi relegada a subalternidade e o “c*” foi para esse lugar marginalizado.

Para se aprofundar um pouco mais sobre o assunto, o Metrópoles procurou especialistas para entender porquê ele ainda é tão polêmico.

O tabu anal é antigo

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, são duas grandes questões que atravessam esse tema e faz com que ainda seja um mito. E para entender, é preciso voltar ao século XIX: “Teóricos conservadores começaram a estudar o sexo e classificaram como algo não saudável os comportamentos que não eram para fim reprodutivos e isso talvez gerou preconceito em cima de práticas que não envolva sexo com penetração” explica.

Depois disso, foi normatizado que o sexo anal não era bem visto. O segundo ponto que faz com que o tema gere tanta polêmica é o machismo que gira em torno do ânus: “Homens entendem que a interação com o ânus pode prejudicar a masculinidade de alguma forma”, esclarece.

Para o especialista, isso não passa de uma visão errada, já que prazer anal não muda a orientação sexual de ninguém: “Então de um lado temos uma ideia puritana de como o sexo deve ser, e do outro lado o homem não pode se colocar numa posição de passividade”, desmistifica, e esclarece que esse combo gera todo o tabu relacionado ao prazer anal.

A terapeuta Thalita Cesário concorda e acrescenta: “As pessoas ainda não se permitiram experimentar práticas não-convencionais, além de de serem extremamente preconceituosas. Tudo o que foge do “convencional” ou que é “diferente” incomoda quem não conhece ou se permitiu conhecer”, comenta.

O famoso beijo grego

De acordo com os especialistas, a prática proporciona prazer tanto em homens como em mulheres, já que o ânus é uma zona erógena: “Uma vez que o ânus é rodeado de terminações nervosas, e todos tem ânus, ambos com características semelhantes, pensar que somente mulher ou homossexual sentem prazer é um tanto machista e preconceituoso”, esclarece Thalita.

Testando

Ficou curioso e quer tentar? Os especialistas esclarecem que se os envolvidos toparem, não sentir nojo e estiverem disponíveis, vale experimentar.

O primeiro passo é higienizar a área, depois vá devagar: “Comece interagindo com a região das nádegas, dê uns beijos, passe a mão e vá chegando na região anal de acordo com o conforto dos envolvidos”, orienta André.

Está tudo bem não ter vontade, existem outras áreas orgásticas no corpo. Mas não deixe de experimentar por preconceito: “Isso não vai mudar nem atingir sua sexualidade”, reforça o especialista.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba