doença séria

Atriz de América e O Clone revela luta contra doença crônica: 'Dor o dia inteiro'

Trata-se de uma doença que provoca dores pelo corpo todo e, por vezes, leva a outros sintomas também, desde cansaço físico até problemas de saúde mental.

Franciely Freduzeski, atriz que ganhou destaque na Globo nos anos 2000, tem reaparecido para o público em duas novelas: O Clone (2001), no ar no Vale a Pena Ver de Novo, e América (2005), que estreou na última segunda (25) no Globoplay. Ela não trabalha na TV desde 2018 e, de lá para cá, tem travado uma batalha contra uma doença séria: a atriz de 43 anos foi diagnosticada com fibromialgia. “A gente [que convive com a síndrome] sente dor o dia inteiro”, afirma.

Trata-se de uma doença que provoca dores pelo corpo todo e, por vezes, leva a outros sintomas também, desde cansaço físico até problemas de saúde mental. Franciely conta que seu diagnóstico exato demorou a sair, e por isso ela sofreu muito com as manifestações de seu corpo com a doença.

“Há quatro anos venho numa luta com dores no corpo. Tive que focar na minha saúde e parar tudo, eu não sabia o que eu tinha, não aguentava ficar em pé nem deitada. Com a fibromialgia, tudo é um estresse, tudo é muito. Até tomar banho é muito difícil quando estou em crise”, relata ela.

“[Além da dor] Tem outros sintomas, que são insônia, ressecamento, má digestão, intestino que não funciona. A gente se sente muito só durante um bom tempo, se sente culpada. É uma doença muito complicada, porque você olha para a pessoa e ela parece bem, não está caindo pedaço, não está vomitando, mas acontece tudo isso com ela. Para quem tem fibromialgia, todo dia é um desafio, porque a gente tem depressão, ansiedade, então a gente luta com a dor da alma e a dor do físico”, explica.

Após passar por muitos médicos até encontrar um que entendesse como tratá-la, hoje Franciely está medicada e também faz pilates, fisioterapia e caminhadas. Ao longo de seu processo, ela decidiu até investir numa nova carreira: começou a estudar Psicologia, para entender mais sobre sua saúde mental nos momentos de crise.

“Sempre gostei, mas de tanto as pessoas falarem do lado psicológico eu acabei ficando curiosa e me matriculei na faculdade de Psicologia pra entender um pouco de tudo isso que acontece comigo. Eu chegava nos médicos e eram tantas informações que eu ficava meio perdida. Ano que vem eu me formo, não sei ainda em que área da Psicologia eu vou atuar. Eu ainda estou experimentando e testando coisas” conta.

Carreira na TV

Antes de todo este imbróglio em sua vida, Franciely fez vários trabalhos na TV. Estreou no Zorra Total em 2000 e depois ganhou os papéis de Beta em O Clone e Conchita em América, além de participações em Malhação (2008) e Casos e Acasos (2008).

Também atuou em Donas de Casa Desesperadas (2007), da RedeTV!, e em duas novelas e uma minissérie da Record: Bela, A Feia (2009), Máscaras (2012) e Milagres de Jesus (2014). Franciely ainda participou da primeira temporada de A Fazenda (2009) e foi a primeira eliminada.

Seu último papel na TV foi uma participação em Orgulho e Paixão (2018), novela das seis da Globo. Ela diz que gostaria de voltar a atuar, mas seu foco nos últimos anos tem sido totalmente a sua saúde.

“Não tenho nenhum projeto agora, nem artístico, nem nada da Psicologia, infelizmente. Eu fiquei muito, muito doente esses anos. Ano passado eu tive muitas internações, fiquei umas seis, sete vezes internada. Só em uma eu tive herpes zóster junto com uma infecção no rim. Foi bastante ruim. Então neste ano estou me tratando com novos médicos”, descreve.

Com a doença controlada, Franciely tem planos de trabalhar como psicóloga e de usar suas redes sociais para falar sobre fibromialgia e conectar pessoas que vivem o mesmo drama.

“Ainda não sei em que área vou trabalhar da Psicologia, estou em muita dúvida se vou clinicar, se vou pra área hospitalar. Mas que eu vou trabalhar, eu vou. E vou continuar falando sobre fibromialgia nas redes sociais. Pode ser que eu venha a ter um canal. Vou usar toda a minha experiência de dor, de médico, minha saga de cura, de tratamento, de depressão, de ansiedade, insônia, tudo isso pra falar para as pessoas. Muita gente com certeza vai procurar pra tentar aliviar os sintomas, entender o que está acontecendo. O que eu entendi é que dor crônica é muito difícil de tratar e quase ninguém sabe o que é”, afirmou.

 

 

Fonte: Uol
Créditos: UOL