Samba

Após polêmica, Seu Jorge consegue registrar o filho

A polêmica envolvendo o nome escolhido para o filho de Seu Jorge e Karina Barbieri chegou ao fim: após muito bate-boca, autoriza, não autoriza, o cantor conseguiu registrar o recém-nascido como Samba. O menino é o quarto filho do artista. A informação do consentimento foi da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), através de nota oficial. O texto afirmou:

Foto: Reprodução

A polêmica envolvendo o nome escolhido para o filho de Seu Jorge e Karina Barbieri chegou ao fim: após muito bate-boca, autoriza, não autoriza, o cantor conseguiu registrar o recém-nascido como Samba. O menino é o quarto filho do artista. A informação do consentimento foi da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), através de nota oficial. O texto afirmou:

“Diante das razões apresentadas, que envolvem a preservação de vínculos africanos e de restauração cultural com suas origens, assim como o estudo de caso que mostrou a existência deste nome em outros países, formei meu convencimento pelo registro do nome escolhido, que foi lavrado no dia de hoje”, declarou a instituição que resolveu aceitar o nome diferente após contato formal dos pais com o Cartório de Registro Civil do 28º subdistrito de São Paulo (SP).

Entenda o caso

A alegria de ter o filho nos braços acabou virando uma dor de cabeça para Seu Jorge e a esposa, Karina Barbieri. Isso porque o bebê nasceu no último fim de semana, na Maternidade São Luiz Star, em São Paulo, mas o nome escolhido pelo casal não teria sido aceito pelo cartório para registrá-lo depois do nascimento. Segundo informações da ‘Band’, o cantor e a terapeuta deram o nome de ‘Samba’ ao herdeiro.

Ainda de acordo com uma matéria da emissora, a recusa teria acontecido no 28º Cartório do Jardim Paulista e ao ser surpreendido com a decisão, Seu Jorge, então, decidiu acionar seus advogados para encontrar vias legais que possibilitem registro do bebê com o nome desejado pelo casal. O anúncio do nome da criança foi feito pelo artista em outubro do ano passado, durante um programa da TV Globo.

Além de Samba, seu primeiro filho com Karina e único da terapeuta, Seu Jorge também é pai de Maria Aimée, Luz Bella e Flor de Maria. Flor e luz são fruto do relacionamento do cantor com Mariana Jorge. Já Maria Aimée é filha do cantor com Fernanda Mesquita. Luz, que era a caçula, está com 16 anos. Karina e Seu Jorge começaram a namorar em 2021, mas já se conheciam há 8 anos.

Vale destacar que a legislação brasileira não proíbe nomes específicos de forma direta. Mas a Lei de Registros Públicos, criada em 1973, indica que o oficial de registro civil não deve registrar nomes que exponham a pessoa ao ridículo ou que possam gerar eventuais constrangimentos desnecessários. Vale lembrar também que, nesse caso, Samba se trata de um ritmo musical.

Ataques racistas

Em outubro do ano passado, Seu Jorge foi alvo de ataques racistas durante um show no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. O cantor Seu Jorge usou as redes sociais, na ocasião, para publicar um vídeo de pronunciamento. Na imagem, ele apareceu sentado em frente a um telão, que exibia a bandeira do estado, e afirmou ter ouvido diversos xingamentos e ofensas durante a sua apresentação.

“O que eu presenciei foi muito ódio gratuito e muita grosseria racista”, começou dizendo Seu Jorge. “Particularmente, não vi nenhuma pessoa negra no jantar. E as pessoas negras que eu encontrei foram somente os funcionários que, uma coisa que me causou muita espécie, eu ouvi dizer que eles estavam proibidos de olhar pra mim ou falar comigo quando eu chegasse no local do show”, continuou ele.

O cantor agradeceu o apoio que recebeu. “Não era a cidade que eu reconheci, a cidade que eu comecei a amar e respeitar. Não era a cidade que eu conhecia”, disse ele, que ainda completou: “Ao povo negro do Rio Grande do Sul e de toda a região do Sul, quero dizer que amo todos vocês, e admiro, respeito. E digo também que estamos mais unidos do que nunca e que vamos vencer essa guerra que segrega o nosso povo à miséria e à falta de oportunidade no Brasil”, afirmou.

 

Fonte: Em Off
Créditos: Polêmica Paraíba