Queda de 7,7%

Exportação brasileira caiu mais que média global no terceiro trimestre de 2020; China volta a crescer

Período registrado, entre julho e setembro, constatou uma queda das exportações no mundo de cerca de 4,5%. No Brasil, entretanto, a queda foi de 7,7%

A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um levantamento nesta quarta-feira (21) revelando que as exportações brasileiras sofreram uma queda maior que a média do comércio internacional no terceiro trimestre de 2020.

O período registrado, entre julho e setembro, constatou uma queda das exportações no mundo de cerca de 4,5%. No Brasil, entretanto, a queda foi de 7,7%. Um dos motivos que ajudou o Brasil a não ter uma queda ainda maior foi o comércio de alimentos e commodities. Mas não foi suficiente para impedir a queda de 11% nas exportações em agosto e 9% em setembro.

Os países ricos tiveram um resultado ainda pior, com redução de 11,5% nos EUA e 8,9% na UE. Países como Índia, África do Sul, Chile, Tailândia, México, Coreia do Sul tiveram um resultado melhor.

No Sudeste Asiático, a situação já se inverteu e países como China e Vietnã já registram altas mensais acima de 8% em suas exportações.

Projeções 

A queda do comércio mundial foi de 5% neste terceiro trimestre do ano. Uma redução menor do que havia acontecido no segundo trimestre, quando a redução foi de 19%, em comparação ao mesmo período de 2019.

Para o quarto trimestre, a previsão ainda é de queda, com uma taxa estipulada em 3%. Apesar disso, o ano ainda não saiu do vermelho. A ONU afirma que o comércio mundial deve sofrer uma queda que pode variar entre 7% e 9% em 2020.

Em contraponto, a situação da China é animadora. As exportações do país asiático, depois de quedas consideráveis nos primeiros meses do ano, conseguiu se estabilizar no segundo trimestre e, agora, registrou uma forte alta. Entre julho e setembro, o crescimento foi de 10%. As importações também voltaram a crescer, com taxas de 13% de aumento em setembro.

O resultado chinês acabou influenciando o desempenho médio dos países emergentes que apresentaram queda menor que os países ricos. Em julho, por exemplo, a contração de vendas dos emergentes foi de 6%, contra uma redução de 14% entre os países ricos.

Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba