Expectativas

Economista-chefe do Bradesco acredita que dólar alto poderá ajudar retomada econômica no Brasil

Com o dólar valorizado em relação ao real, o Brasil se tornou barato aos olhos do estrangeiro, o que pode se traduzir em aumento do investimento e retomada surpreendente do crescimento no período pós-pandemia do coronavírus, se o País mantiver o compromisso fiscal e a agenda de reformas, avalia o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato.

Com o dólar valorizado em relação ao real, o Brasil se tornou barato aos olhos do estrangeiro, o que pode se traduzir em aumento do investimento e retomada surpreendente do crescimento no período pós-pandemia do coronavírus, se o País mantiver o compromisso fiscal e a agenda de reformas, avalia o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato.

Honorato explica que, na ausência do remédio contra a covid-19, a expectativa do Bradesco é de recuperação gradual diante do receio das pessoas de retornarem à normalidade e do aumento do endividamento de famílias, empresas e governos durante a crise.

“Se a discussão (sobre contas públicas) for melhor do que o cenário base, o PIB pode surpreender. Pode começar já no segundo trimestre uma discussão mais forte sobre a reforma tributária e administrativa, sobre as privatizações. Barato o País já ficou pela depreciação do câmbio. Agora, para a percepção de ficar barato se transformar em uma oportunidade de investimento, depende de olhar para frente e ver que a perspectiva é boa”, explica.

O Bradesco alterou a perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil depois do resultado do primeiro trimestre, de queda de 4,0% para recessão de 5,9%. Para 2021, a projeção foi mantida em alta de 3,5%. A seguir os principais pontos da entrevista.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão