diversidade cultural

Em Santa Rita, 11 mil alunos participam de projeto sobre cultura afro-brasileira

De acordo com a coordenadora do programa Mais Educação, Adenailde Albuquerque, a importância do tema se apresenta a partir da diversidade da produção de conteúdo nas mais variadas áreas da cultura popular.

Música, dança, culinária, artesanato, religiosidade, linguagem. É vasta a herança repassada pelos povos africanos que ajudaram a formar a identidade cultural do Brasil. Em Santa Rita, cerca de 11 mil alunos de 37 escolas, urbanas e rurais, participaram do projeto multidisciplinar que valoriza e homenageia a matriz negra.

Para oferecer aos estudantes, do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, a oportunidade de conhecer e vivenciar a cultura trazida pelos povos africanos, a Secretaria Municipal de Educação de Santa Rita, em parceria com o Instituto Alpargatas, desenvolveu o projeto Cultura Afro-Brasileira, que realiza, de 27 a 29 de agosto, a culminância com apresentações dos trabalhos desenvolvidos em cada unidade escolar.

De acordo com a coordenadora do programa Mais Educação, Adenailde Albuquerque, a importância do tema se apresenta a partir da diversidade da produção de conteúdo nas mais variadas áreas da cultura popular.

“Cada escola escolheu o tema a ser trabalhado e a partir daí desenvolveu pesquisas, discussões, preparação do material a ser apresentado nas culminâncias”, explica Adenailde.

O projeto de Cultura Afro-Brasileira teve início em abril deste ano com a formação dos gestores sobre o tema proposto pelo Instituto Alpagartas. A partir de então, os alunos foram incentivados a pesquisar, debater e interagir com a herança africana formadora da cultura do povo brasileiro.

“Os relatos de identificação das crianças e adolescentes com a cultura africana são constantes nas escolas. O tema se desenvolve nas mais diversas vertentes e, em sua plenitude, valoriza o negro na sociedade e combate a discriminação em qualquer aspecto do cotidiano dos estudantes santa-ritenses”, completa Adenailde.

BELEZA NEGRA

A partir do projeto Cultura Afro-Brasileira, a escola Carlos Arnóbio Di Pace, localizada no distrito de Várzea Nova, realizou o desfile ‘Beleza Negra, que teve como objetivo mostrar todas as características da raça negra e sua grandiosidade.

“Estamos felizes por desenvolver nas meninas o gosto pelos cabelos naturais. A beleza não vem de um cabelo alisado apenas. A raça negra por si só já é bela e esta autoestima que o projeto trouxe não tem preço”, destaca a diretora Josiany Carneiro.

A escola Carlos Arnóbio também apresentou trabalhos de dança, música, pinturas, vestimentas e diversas outras representatividades da cultura negra e que são utilizadas no cotidiano da sociedade brasileira.

INSTITUTO ALPARGATAS

A parceria do Instituto Alpargatas com a Prefeitura Municipal de Santa Rita, através da Secretaria de Educação, veio atender a demanda proposta em lei sobre a necessidade de conhecimento das matrizes culturais brasileiras.

Vera Apolinário, coordenadora do projeto no Instituto Alpargatas, explica que a intenção maior é reconhecer toda a importância dos antepassados e sua colaboração para a formação cultural brasileira.

“Ao longo dos séculos, a cultura valorizada foi a europeia, mas no dia a dia nos deparamos com uma gama de riquezas repassadas pelos povos africanos.  Desde a comida, as vestimentas, os ritmos musicais, as danças e até a própria linguagem são heranças dos povos que foram trazidos para nosso país”, destaca.

De acordo com Vera Apolinário, o projeto tem oportunizado uma série de experiências satisfatórias a partir dos relatos de alunos que descobriram a própria origem e sua importância no Brasil de hoje.

“Cada culminância é uma emoção diferente. São crianças, professores e  comunidade em geral que chegam com vivências inovadoras e descobrimento da própria identidade. Estamos felizes por ser este um projeto que deixa um legado para a população. Isto é o maior prêmio que recebemos”, completa.

Vera Apolinário lembra ainda que a partir de agora o trabalho de parceria com a Secretaria de Educação será para atuar na valorização e apresentação das matrizes indígenas.

Os temas serão repassados aos educadores e, logo em seguida, trabalhados com os estudantes.

Fonte: Secom Santa Rita
Créditos: Secom Santa Rita