
Paraíba - Um professor de 63 anos, identificado como Gilson Cruz, morador de Campina Grande, está desaparecido desde o último domingo (4), após uma visita à praia do Seixas, em João Pessoa. O caso tem levantado dúvidas e mobilizado a família, que questiona a hipótese de afogamento apresentada por um homem que se diz companheiro de Gilson.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o suposto companheiro relatou que os dois estavam juntos na praia quando decidiu ir até o carro para guardar alguns pertences. Ao retornar, já não estava mais no local. Ele então acionou os Corpo de Bombeiros, alegando que o professor teria entrado no mar e se afogado.
Equipes de salvamento realizaram buscas na área, mas até o momento não foram encontrados indícios de afogamento, como roupas, objetos ou sinais de corpo na água. Um ponto que chamou a atenção dos bombeiros foi o fato de o suposto companheiro não ter permanecido no local para acompanhar as buscas, retornando para Campina Grande logo após o desaparecimento.
A versão apresentada pelo homem também foi recebida com estranheza pela família do professor. De acordo com o advogado dos familiares, Leônidas Chaves, Gilson morava sozinho e seu sumiço só foi percebido quando ele não compareceu ao trabalho, levantando a preocupação de colegas. Sem conseguir contato, eles procuraram a delegacia e, ao registrarem o boletim de ocorrência, descobriram que outra pessoa já havia feito o registro em João Pessoa.
Ainda segundo o advogado, a família desconhecia a existência do suposto companheiro e afirma que em nenhum momento foi procurada por ele para comunicar o desaparecimento. Para os familiares, a hipótese de afogamento é pouco convincente, e eles pedem que as investigações sejam aprofundadas.
Investigação do desaparecimento
“Queremos que o caso seja tratado com a seriedade que merece. Há muitos pontos nebulosos nessa história. A ausência de provas de afogamento e o comportamento dessa pessoa que diz ser companheira de Gilson precisam ser apurados com rigor”, afirmou Leônidas Chaves.
As buscas continuam sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros, enquanto a Polícia Civil investiga o caso. A família reforça o apelo para que qualquer informação sobre o paradeiro do professor seja comunicada às autoridades.