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NÃO SOMOS BOLSONARISTAS: radialistas não aceitaram classificação do Polêmica e se colocam como "neutros"

A nossa matéria abordou alguns conflitos que vêm se tornando corriqueiros nos programas de rádio de João Pessoa.

NÃO SOMOS BOLSONARISTAS: radialistas não aceitaram classificação do Polêmica e se colocam como "neutros"

Após a notícia divulgada pelo Polêmica Paraíba, falando sobre a polarização no radiojornalismo em João Pessoa, alguns comunicadores não concordaram com a posição na qual foram colocados. 

Conflitos corriqueiros

A nossa matéria abordou alguns conflitos que vêm se tornando corriqueiros nos programas de rádio de João Pessoa, gerando vários debates e críticas por parte dos ouvintes. E, dentro disso, alguns comunicadores têm encontrado na temática “política” um terreno fértil para instigar discussões. 

Tendência conservadora entre os apresentadores

Uma tendência conservadora se destaca entre a maioria dos apresentadores de rádio, os quais se posicionam firmemente à direita. Defendendo pautas polêmicas, onde não pensam duas vezes antes de abordar temas considerados tradicionalmente conservadores. Pensando nisso, o Polêmica Paraíba trouxe os nomes de alguns radialistas que defendem a direita, a esquerda ou quem é mais neutro. 

Radialistas dizem serem neutros

Após a publicação da matéria, três radialistas não concordaram com os seus posicionamentos na notícia, Heron Cid, Bruno Pereira e Ecliton Monteiro deram suas opiniões e disseram que não são bolsonaristas. 

Heron disse que caso fossem observados seus comentários na rádio, ele faz duras críticas a fatos envolvendo tanto o atual presidente Lula, quanto o ex-presidente Bolsonaro, e nas redes sociais vem sendo atacado pelos eleitores de ambos. 

“Não caibo nessa camisa de força e nem me submeto a essa falsa patrulha ideológica.O jornalismo não é para comentar pessoas, mas para analisar fatos. É o que me esforço para fazer”, disse. 

Henron ainda falou sobre sua neutralidade, e defende: “Neutralidade não é deixar de ter posição e nem muito menos ficar em cima do muro. É a coragem de opinar sobre os fatos com equilíbrio e a verdade, independente de quem sejam os protagonistas destes. Como jornalista, sou vacinado contra essa passional, histérica, estéril e burra polarização. Como cidadão, não me sinto representado por nenhum dos extremos”. 

Já o Bruno Pereira disse que uma das coisas que mais lhe incomoda no Brasil é o radicalismo. “Radicalismo extremo, radicalismo doentio, radicalismo que prejudica todas as esferas da sociedade, seja quem é envolvido com política ou não. Essa história de esquerda, direita, Bolsonaro ou Lula, de um pessoal que só alimenta o ódio, que só alimenta a discórdia e que você não pode pensar diferente do que essas duas matrizes ideológicas são, é algo muito prejudicial”, disse. 

O comunicador informou que é contra o radicalismo e que se coloca como uma pessoa que analisa temas, que analisa fatos e notícias. “Tem tema que eu concordo com a esquerda, tem tema que eu concordo com a direita e tem tema que eu não concordo com nenhum deles”, concluiu. 

Ecliton Monteiro disse que seu nome é colocado como “bolsonarista” porque é da igreja evangélica, mas, está mais para neutro.

Já o jornalista Felipe Nunes disse que o seu lado é o lado da inforação e busca respeitar os fatos, embora tenha minhas posições sobre o mundo.

“Acredito que é imperioso respeitar os fatos no jornalismo, em nome do interesse público, mesmo tendo nossos pontos de vista e nossas convicções. Portanto, o meu lado é o da informação. Como disse um antigo congressista americano, “você pode ter suas próprias opiniões, mas não os seus próprios fatos”. Em linhas gerais, não podemos resumir o jornalismo entre um ou outro lado político, mas em valores, dentro dos quais estão aqueles que guiam a nossa atividade”, disse.