Movimento estudantil

“Estudante não faz ciência com fome”: aumento no RU da UFPB gera revolta e ato na segunda (18)

“Estudante não faz ciência com fome”: aumento no RU da UFPB gera revolta e ato na segunda (18)

Paraíba - O aumento no preço da refeição do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) gerou forte reação entre os estudantes. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) convocou um protesto para a próxima segunda-feira (18), com concentração a partir das 9h, no Centro de Tecnologia do Campus I, em João Pessoa.

Desde a última sexta-feira (15), o valor da refeição passou a ser de R$ 17,33, colocando o RU da UFPB entre os mais caros do país. Para o DCE, a medida ameaça a permanência de alunos que dependem da alimentação fornecida no local.

Em comparação, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) cobra apenas R$ 0,80 por refeição.

Justificativas e Críticas sobre o Aumento no RU

Justificativa da administração

A Reitoria da UFPB justificou que o reajuste foi necessário para evitar a interrupção do serviço, após a desistência da empresa vencedora do último pregão. O contrato com a atual operadora foi prorrogado por quatro meses, até a conclusão de nova licitação.

Segundo a instituição, a medida também busca garantir apoio a estudantes em situação de vulnerabilidade, com abertura de novos editais para auxílio parcial e convocação de alunos que estavam em lista de espera para o benefício.

Críticas do movimento estudantil

Apesar da justificativa, o DCE classificou o aumento como um “reequilíbrio fiscal excludente” e publicou uma nota de repúdio. O documento destaca que o reajuste não considera a realidade socioeconômica da comunidade acadêmica e prejudica especialmente alunos sem acesso a auxílios.

“O RU é um instrumento essencial de permanência estudantil. A elevação abrupta do preço penaliza especialmente aqueles que, mesmo sem auxílio, enfrentam dificuldades financeiras para se manter na universidade. Estudante não faz ciência com fome”, afirma o texto.

A entidade também reforçou que seguirá mobilizada por medidas que garantam a assistência estudantil e defendeu o RU como espaço de inclusão e permanência na universidade pública.