
Guarabira - O empresário guarabirense Luís Carlos da Silva, proprietário do Mercado das Águas, denunciou nesta sexta-feira (26), estar sendo vítima de perseguição por parte da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) de Guarabira.
Desde a última segunda-feira (22), ele tem enfrentado dificuldades para realizar operações de carga e descarga em frente ao seu estabelecimento, após a instalação de uma placa proibindo a parada e o estacionamento de ônibus e caminhões no local.
Segundo o empresário, a medida foi autorizada pelo superintendente da Semob, Matheus Sena, sob a justificativa de que teria sido uma solicitação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). No entanto, ao procurar o órgão, Luís Carlos foi informado de que não havia qualquer pedido ou denúncia formal relacionada à situação.
“Quando ele chegou para colocar essa placa, falou que tinha sido ordem do Ministério Público. Falei diretamente com Matheus Sena sobre a possibilidade de ser uma placa de carga e descarga, pois precisamos carregar e descarregar o caminhão. Ele disse que não poderia colocar, alegando risco de acidentes, e orientou descarregar em uma rua lateral, a 40 metros de distância, com mais de 500 garrafões de 20 litros. Isso é inviável e nos causa grande prejuízo”, relatou o comerciante.
Diante do impasse, Luís Carlos protocolou um ofício na Semob solicitando a retificação da placa. O pedido não é para a remoção da sinalização, mas para que a mesma seja alterada e destinada a carga e descarga, o que garantiria condições adequadas para o funcionamento do seu negócio.
O documento destaca os impactos financeiros, operacionais e de segurança causados pela medida atual, além da importância do comércio para a geração de empregos na região.
Apesar disso, a Semob respondeu defendendo a manutenção da sinalização, argumentando que a restrição é necessária para preservar a fluidez do trânsito, a visibilidade e a segurança viária no trecho.
Luís Carlos, no entanto, considera que está sendo desrespeitado enquanto empresário e cidadão. Ele afirma que as justificativas, apresentadas pela Semob, que o caminhão estaria contribuindo com acidentes, são inverídicas pois, na maioria dos acidentes que já aconteceram, o veículo não estava no local.
“Estamos pedindo apenas um direito que é nosso, como comerciantes: uma placa de carga e descarga. Infelizmente eles não querem nos ouvir. Não é só o nosso caminhão que descarrega aqui, vários fornecedores precisam usar esse espaço. A Semob deveria ter levado em conta que aqui funciona um comércio antes de colocar a placa. Estamos arcando com custos extras e tendo prejuízos diretos. O que pedimos é apenas a mudança da placa, e não a retirada dela”, afirmou.
