
A Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba realiza seu segundo concerto oficial da temporada 2025 nesta quinta-feira, 15 de maio, às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural. Sob a regência do maestro Luiz Carlos Durier, a apresentação terá como destaque o saxofonista Jaderson Tenório como solista. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos a partir das 19h, na bilheteria da Rampa 4, limitada a dois ingressos por pessoa.
O programa da noite reúne obras de compositores da França, Inglaterra, Espanha, Estados Unidos e Brasil, com uma combinação que promete surpreender o público: tango, jazz sinfônico, música impressionista e peças nacionalistas. A abertura fica por conta do “Tango Americano”, do compositor norte-americano John Alden Carpenter.
Na sequência, o público será conduzido pela atmosfera lírica e refinada do “Choral Varié para Saxofone Alto e Orquestra, Opus 55”, do francês Vincent d’Indy, interpretada neste concerto pelo saxofonista Jaderson Tenório.
“Estar como solista da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba no segundo concerto oficial me deixa muito honrado, além de ser uma realização como músico. As expectativas são as melhores, pois o repertório está muito bonito e possui alguns desafios para o saxofone, e é um marco na minha carreira profissional”, disse o músico pernambucano.
A música brasileira será representada neste concerto pelo “Batuque – Dança de Negros”, do cearense Alberto Nepomuceno. Outro ponto alto da noite será a execução da “Balada para Orquestra, Opus 33”, do compositor britânico Samuel Coleridge-Taylor. E encerrando o concerto, a orquestra apresentará “Três Danças Espanholas”, do espanhol Enrique Granados.
Para o maestro Luiz Carlos Durier, será uma noite especial. “O concerto abre com o Tango Americano de John Alden Carpenter, composto em 1920 originalmente para piano. O amor de Carpenter pelo elemento hispânico faz dessa obra um ícone celebrado e tocado em todo o mundo. Nessa versão para orquestra, a Jovem trabalhou para emocionar o público com toda dramaticidade do tango e tocar como estreia brasileira da versão sinfônica”, afirmou Durier.
Sobre Choral Varié para Saxofone Alto e Orquestra, o maestro explicou que o solista da noite toca um instrumento pouco usual num conjunto sinfônico. “A obra foi concebida de maneira bem integrada para solo de saxofone alto e orquestra, empregando à composição a forma de tema com variações. Vincent d’Indy entendeu bem o potencial expressivo e timbrístico do saxofone na orquestra moderna que passeia por estilo predominantemente impressionista”, destacou.
“A música brasileira é representada pelo Batuque – Dança de Negro, quarto movimento da Série Brasileira do compositor cearense Alberto Nepomuceno”, continuou Durier. “Um bonito exemplo de realismo musical, que impulsionou o nacionalismo brasileiro na arte musical, empregando material sonoro afro-brasileiro de grande relevância”.
“Destacamos como ponto importante do concerto, a Balada para Orquestra, Opus 33, do compositor inglês Samuel Coleridge-Taylor. O autor emoldura uma canção de amor sublime e lírica entre dois movimentos externos altamente energizados, conferindo à obra um forte senso de equilíbrio e contraste. É uma composição exuberante, romântica, rica e sensual”, observou.
Em relação à música que encerra o concerto, o maestro explicou que Henrique Granados escreveu uma série de Doze Danças Espanholas sinceras e juvenis para piano solo. “São peças simples em termos de técnica e escrita, mas nobres e ricas em inventividade e retórica musical, um belo exemplo do romantismo nacionalista espanhol do final do século XIX”, afirmou.
“Este trabalho de orquestração de Joan Lamote de Grignon, em forma de suíte, apresenta três danças: o número dois, Oriental, caracterizada por seu humor melancólico e intimista, que remete a uma serenata mourisca; a quinta, Andaluz, a mais popular de todas, que é uma alusão ao místico flamenco da Andaluzia; e a Rondalla Aragoneza (Jota), número sete, que encerra esta suíte com canto e dança animados em compasso ternário, em que as castanholas ocupam um lugar de destaque, nos envolvendo numa dança frenética e poderosa”.
“A OSJPB tem trabalhado para oferecer aos jovens bolsistas uma grande diversidade de composições, de estilos bem variados. Ensinando maneiras de tocar, na busca da excelência artística para emocionar o público que nos assiste e prestigia”, finalizou o maestro Durier.
O Regente e o Solista
O regente
O maestro Luiz Carlos Durier, paraibano de João Pessoa, é o regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba há 27 anos e foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba durante nove anos.
Concluiu o ensino superior de música nos cursos de Licenciatura e Bacharelado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e desde que chegou à Escola Estadual de Música Anthenor Navarro (EEMAN), em 1991, lidera atividades de educação musical, ensinando Musicalização, Viola e Música de Câmara e Regência.
Na sua trajetória, Durier conduziu a OSPB na gravação ao vivo do CD da cantora Marinês e sua Gente, e ainda do DVD Sivuca e os Músicos Paraibanos. Regeu ainda apresentações de artistas populares com a Orquestra Sinfônica da Paraíba e Orquestra Jovem, a exemplo de Ângela Rô, Arnaldo Antunes, Tico Santa Cruz e Renato Rocha (Detonautas), Flávio José, Genival Lacerda, Alcione, Toninho Ferragutti, Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Zélia Duncan, Zé Ramalho, Cátia de França, Nathalia Bellar e Chico César.
No ano de 2012, o maestro recebeu a Comenda de Honra ao Mérito do Rotary Internacional, pelo brilhante desempenho profissional frente à OSPB.
O solista
Jaderson Tenório (saxofone) – Natural de Aliança, Pernambuco, iniciou seus estudos musicais aos 12 anos na banda de música Sociedade Musical 15 de Agosto. Em 2015, integrou a Banda Sinfônica do CEMO como clarinetista. Como músico atuante da Orquestra Pernambucana de Clarinete, participou em 2018 do ClarinetFest na cidade de Osteend, na Bélgica.
Em 2021 concluiu o curso de Licenciatura em Música, com ênfase em clarinete, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No mesmo ano, concluiu a pós-graduação em Educação Musical e Ensino de Artes pela Faculdade IBRA, de Minas Gerais. Atualmente cursa Bacharelado em Clarinete pela Universidade Federal de Pernambuco e é aluno do curso em extensão em Clarinete pelo Conservatório Pernambucano de Música (CPM).
Neste ano de 2025, atuou como solista na Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Pernambuco. Durante sua trajetória, participou de vários master class e atuou como monitor em bandas de música do interior de Pernambuco.
Atua como clarinetista na Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba (OSJPB); é professor de iniciação musical da Banda Cinco de Novembro (Revoltosa) e, como saxofonista, participa de shows com artistas renomados, grupos de câmara e grupos regionais.
Informações Adicionais
Entrada – A entrada para o concerto é gratuita, mas só terão acesso as pessoas que retirarem o ingresso na bilheteria da rampa 4, que estará aberta às 19h. Os idosos, cadeirantes e demais pessoas com dificuldade de locomoção têm entrada acessível na lateral da Sala de Concertos, ao lado do palco da Praça do Povo. O programa deste concerto estará disponível na bio da página da OSPB no Instagram: @orquestra.ospb.
SERVIÇO
Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba
2º Concerto Oficial da Temporada 2025
Regência: Maestro Luiz Carlos Durier
Solista: Jaderson Tenório (saxofone)
Hora: 20h30
Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira, Espaço Cultural
Entrada: Gratuita, mas é necessário retirar ingresso na bilheteria a partir das 19h