Paraíba - Na terra da propaganda institucional, até a verdade tem prazo de validade. A Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba (CAA-PB) divulga, com direito a aplausos virtuais e ar de “grande conquista”, o benefício da carência zero no plano da Unimed. O detalhe inconveniente? Essa vitória não pertence à atual gestão, e sim à anterior, que a garantiu em plena comemoração do mês da Advocacia.
Transformar benefício herdado em feito inédito é uma arte que a nova administração parece ter dominado. A prática não exige esforço técnico nem negociação estratégica; basta pintar de novidade o que já existia e empurrar nas redes sociais como se fosse fruto do suor da atual diretoria. É a velha tática: se o eleitorado esquece, o feed perdoa.
É claro que ninguém é contra celebrar conquistas para a classe. Mas há uma diferença gritante entre fortalecer a advocacia e vender gato por lebre, ou melhor, vender gestão passada como se fosse presente. A carência zero foi um avanço real, obtido lá atrás. O que se vê agora é apenas maquiagem, e maquiagem borrada, diga-se de passagem.
O episódio escancara a pergunta que martela cada vez mais forte: até quando a advocacia paraibana será tratada como plateia de marketing barato? O papel da CAA-PB deveria ser garantir assistência de verdade, não alimentar uma vitrine de ilusões.
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No teatro da propaganda, o enredo é sempre o mesmo: antigos projetos reaparecem como se fossem inéditos, e a narrativa se sustenta até o próximo post. Mas não há filtro que esconda a realidade. E a realidade é simples: a conquista foi da gestão anterior. O que a atual fez foi apenas repostar, com direito a legenda mentirosa.
O resultado é uma classe cada vez mais desconfiada, exposta a falácias que se repetem como mantra. Talvez esteja na hora de lembrar: advogado não é palhaço. A CAA-PB pode até querer reescrever a história, mas não há marketing que resista à memória coletiva.
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