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Instituto acompanha crianças com microcefalia virtualmente durante pandemia, em Campina Grande

Como Miguel, muitas outras crianças se deslocam das suas cidades para receberem os atendimentos em Campina Grande. Com a pandemia da Covid-19 elas correm riscos nestes caminhos que precisam percorrer.

O Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto de Desenvolvimento (IPESQ) está acompanhando as crianças com microcefalia virtualmente, em Campina Grande. A medida foi tomada após os atendimentos presenciais serem suspensos devido à pandemia da Covid-19.

De um lado da tela um fisioterapeuta com auxílio de um boneco mostra os movimentos que devem ser feitos, já do outro lado, no celular, Eliane repete tudo com o filho Miguel. “A gente recebe as orientações e fazemos as estimulações em casa”, relata Eliane Batista.

Miguel tem microcefalia e mora na cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte. Ele é uma das 150 crianças atendidas pelo IPESQ, em Campina Grande. A unidade é referência em assistência de pacientes com microcefalia causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus.

Como Miguel, muitas outras crianças se deslocam das suas cidades para receberem os atendimentos em Campina Grande. Com a pandemia da Covid-19 elas correm riscos nestes caminhos que precisam percorrer.

Segundo a médica fundadora do instituto, Adriana Melo, essas crianças tem a imunidade mais baixa e podem vir a ter complicações pulmonares com mais frequência. O atendimento online foi uma solução para não interromper o tratamento delas já que os atendimentos foram suspensos de forma presencial.

Através da internet, uma equipe multidisciplinar segue o acompanhamento dos pacientes. “O seguimento e a continuidade desses atendimentos é de suma importância para que não haja agravos ou danos no desenvolvimento dessas crianças”, explica o fisioterapeuta Renan Alves.

O IPESQ também está fornecendo cestas básicas, material de higiene e máscaras para as famílias que são atendidas no instituto. Além de apoio psicológico. “A gente também está oferecendo assistência psicológica, tanto em grupo como individual. Nossa psicóloga está desenvolvendo atividades. Porque essas mulheres já passaram pela epidemia do zika vírus e agora estão correndo o risco de perder os filhos para o coronavírus.” ressalta, Adriana Melo.

Fonte: G1
Créditos: G1