combate ao coronavírus

Cinco hotéis em CG já paralisaram as atividades: “As empresas estão procurando uma saída para sobreviver”

A faixa de movimentação dos hotéis da cidade está entre 7% e 20% e a ocupação está sendo feita, geralmente, por clientes corporativos, segundo disse o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação, Divaildo Júnior

Devido ao isolamento social e à paralisação do comércio, pelo menos cinco hotéis de Campina Grande suspenderam as atividades e outros poderão seguir o mesmo caminho.

É que, de acordo com o SindCampina, a rede hoteleira é o setor do turismo que tem sido mais afetado com a pandemia do novo coronavírus, pois requer um investimento muito alto e o retorno é a longo prazo e, por este motivo, alguns empresários do segmento vêm optando em suspender as atividades até que a situação se normalize.

A faixa de movimentação dos hotéis da cidade está entre 7% e 20% e a ocupação está sendo feita, geralmente, por clientes corporativos, segundo disse o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação, Divaildo Júnior.

– A grande maioria já sinaliza a suspensão das atividades para não gerar problemas maiores, porque a manutenção de um hotel é muito caro e não só na questão de folha de pagamento, mas também por causa dos equipamentos instalados – contou.

Ele ainda ressaltou que muitas empresas do setor têm demitido colaboradores, realizado a suspensão temporária dos contratos, da carga horária ou salários. “As empresas estão procurando uma saída para sobreviver”, ressaltou.

Com relação às empresas do segmento alimentício, como bares e restaurantes que estão funcionando através de delivery, Divaildo disse que essa modalidade representa apenas 30% a 40% do faturamento, nas melhores das hipóteses, e que muitas empresas usam esse tipo de venda como complementação.

Júnior relatou ainda que, em toda sua vida, nunca tinha visto uma crise como essa e que este tem sido um momento muito difícil em todos os mercados.

A saída, de acordo com ele, pode ser a realização d’O Maior São João do Mundo, tanto para o setor hoteleiro, alimentício e também comercial.

– Esta é uma opinião minha e não reflete o que os associados do SindCampina pensam. Acho que o São João tem sim que acontecer, mesmo que numa data diferente, num período mais curto. Desde que haja segurança e se as autoridades sanitárias disserem que poderia realizar a festa, devemos realizar, mesmo que seja adiada, pois precisamos dar um pouco de esperança para Campina Grande, e isso vai sinalizar que vamos voltar às atividades econômicas, normalmente, e o São João seria esse start – reforçou.

Fonte: Paraíba Online
Créditos: Paraíba Online