Paraíba - Na última semana, o governo federal anunciou o aumento sobre as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), através do Decreto nº 12.466, de 22 de maio de 2025. A determinação repercutiu negativamente em vários setores, de acordo com a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fertanslog/NE), a medida é um duro golpe para o setor, especialmente para as pequenas e médias empresas que dependem de crédito para manter suas atividades.
Com a nova alíquota chegando a 3,95% ao ano, operações essenciais, como aquisição de caminhões, pneus, manutenção de frotas e compra de insumos logísticos, se tornaram ainda mais caras. “Essa elevação do IOF aumenta os custos operacionais, restringe o acesso ao crédito, desestimula a renovação de frotas e prejudica a previsibilidade econômica das empresas”, explica Arlan Rodrigues, presidente da Fetranslog/NE.
A Fetranslog/NE, junto a outras entidades representativas do setor, exige a revogação imediata do decreto para que as empresas tenham condições mínimas para continuar operando e contribuindo com a economia brasileira.
O setor, que já enfrenta dificuldades como prazos longos para o recebimento de fretes, instabilidade fiscal e alta carga tributária, teme um cenário ainda mais crítico. A instituição aponta que o decreto penaliza o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva, consequentemente, afetando o consumidor final.
“A medida é inoportuna e desconectada da realidade empresarial do país. Em vez de fomentar a modernização e a eficiência logística, o governo opta por agravar a crise no setor”, destaca Rodrigues.