Paraíba - A população de Areia foi surpreendida com a decisão da Prefeitura Municipal de impedir o início das obras de asfaltamento de diversas ruas localizadas em bairros da periferia da cidade, um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões do Governo do Estado da Paraíba, conquistado pelo deputado estadual Tião Gomes (PSB) após ouvir os apelos da comunidade local.
As máquinas já estavam prontas para iniciar os serviços, com projeto aprovado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PB) e anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP), órgão responsável por avaliar intervenções em cidades tombadas. No entanto, um ofício da Secretaria de Infraestrutura de Areia, datado de 2 de setembro de 2025, foi enviado ao DER afirmando que a obra não poderia ser executada, alegando ausência de licenciamento ambiental da SUDEMA, estudo de viabilidade técnica, plano de sinalização e autorização do IPHAN.
O projeto de pavimentação previa a recuperação e asfaltamento de sete trechos urbanos, entre eles as ruas:
• Marechal Deodoro da Fonseca (500 m)
• Padre Fileto da Costa (715 m)
• São José (600 m)
• Abel da Silva (470 m)
• Aderaldo de Almeida (215 m)
• Simão Patrício (1.315 m)
• Professor Xavier Júnior (185 m)
Segundo o parecer técnico do IPHAEP, os trechos escolhidos estavam fora do perímetro de proteção do sítio histórico, garantindo que o asfaltamento não prejudicaria o patrimônio da cidade.
O deputado Tião Gomes lamentou profundamente a postura da Prefeitura de Areia.
“Trabalhamos junto ao Governo do Estado, DER e IPHAEP para garantir essa obra que é um sonho da população de Areia. A presença dos técnicos do IPHAN foi decisiva para que o projeto respeitasse o patrimônio histórico da cidade. É lamentável que a Prefeitura, por questões políticas, impeça uma conquista que vai melhorar a mobilidade, valorizar a cidade e beneficiar milhares de moradores”, destacou o parlamentar.
O secretário de Infraestrutura da Paraíba, Deusdete Queiroga, também relatou a dificuldade:
“O DER estava pronto para iniciar a obra, com maquinário em Areia e equipe técnica disponível. Mas fomos surpreendidos com a recusa da Prefeitura, que alegou não querer a intervenção. Uma decisão que causa estranheza, pois o Governo do Estado já havia cumprido as exigências legais e patrimoniais para a execução do asfaltamento.”
População prejudicada
A paralisação afeta diretamente os moradores de Areia, que há anos convivem com ruas em péssimo estado de conservação, prejudicando o tráfego de veículos, o turismo e a qualidade de vida. “É um verdadeiro retrocesso, pois a cidade perde um investimento milionário e continua sofrendo com problemas básicos de infraestrutura”, comentou um morador.
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