Investimento Milionário

Túnel descoberto pela polícia teria custado mais de 1 milhão de reais

A Polícia Civil prendeu, na madrugada de segunda-feira, 16 pessoas suspeitas de terem cavado um túnel que ligava um imóvel na Zona Sul de São Paulo ao cofre da base de distribuição do Banco do Brasil.

Túnel descoberto pela polícia teria custado mais de 1 milhão de reais

A Polícia Civil prendeu, na madrugada de segunda-feira, 16 pessoas suspeitas de terem cavado um túnel que ligava um imóvel na Zona Sul de São Paulo ao cofre da base de distribuição do Banco do Brasil. O grupo era investigado há três meses pela Delegacia de Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e, segundo a polícia, pretendia roubar R$ 1 bilhão do banco.

O investimento da quadrilha foi na faixa de R$ 4 milhões, segundo eles informaram, cada um dos participantes calçou R$ 200 mil e a estimativa deles era levar R$ 1 bilhão. Seria o maior assalto do mundo — disse o delegado responsável pelo caso, Fábio Pinheiro Lopes.

Localizado pela polícia, o túnel tinha cerca de 600 metros e estava muito próximo do cofre. De acordo com a polícia, o chão do banco apresentava rachaduras, o que seria um indicativo de que o serviço de escavação estava prestes a terminar. A polícia acredita que o roubo seria finalizado entre sexta-feira e sábado. Os investigadores suspeitam que os criminosos estão ligados com grupos que roubaram o Banco Central de Fortaleza, em 2005, e a transportadora de valores Prosegur, no Paraguai, em abril deste ano.

O grupo foi preso em outro endereço, a 30 quilômetros de onde ficava a casa onde o túnel foi cavado. Os assaltantes estavam em um galpão na Zona Norte da capital paulista, onde eram fabricadas as ferramentas utilizadas na escavação. Uma grafica funcionava como fachada para esconder a real atividade do galpão. Sete carros que estavam na frente do endereço foram apreendidos.

Por isso resolvemos fazer a operação e prender quase todo mundo. Prendemos os líderes, se escapou algum (integrante) foi mão-de-obra — afirmou o delegado.

Com cerca de 600 metros, o túnel possuía uma estrutura de madeiras e ferro. O chão era forrado com sacos pláticos e havia até um desvio da escavação para descartar a terra que era retirada do buraco. O excesso de terra era jogado em uma galeria fluvial, que, segundo a polícia, ia parar no Rio Pinheiros.

O Banco do Brasil informou que “colabora desde o início com as investigações e que atua em conjunto com o serviço de inteligência da polícia”.

Fonte: O Globo