imunização

Teste aponta CoronaVac com 94% de segurança

Segundo a secretaria estadual de saúde, a ordem de prioridade da campanha de vacinação deve seguir a priorização dos grupos de risco, como profissionais de saúde, idosos com comorbidades e outras categorias. 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje (23) os resultados da terceira fase dos testes clínicos da vacina CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac. Os testes foram realizados em mais de 50 mil voluntários chineses e apontaram 94.7% de segurança para a vacina, garantindo poucos efeitos adversos entre os participantes.

No Brasil, a vacina ainda não recebeu os resultados preliminares dessa fase dos testes. O Instituto Butantan participa das pesquisas ao lado da Sinovac e deve ser responsável pela distribuição do medicamento no País. De acordo com o governador, entre os efeitos adversos apresentados, a maioria relatou apenas “dor no local da aplicação”, o que sugere um efeito comum em vacinas autorizadas.

“Agora, devemos aguardar a finalização dos testes e aprovação da Anvisa. Mas já em dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a vacinação de acordo com critérios adotados pela secretaria de saúde e dentro do protocolo do Ministério da Saúde. Os primeiros a receber, obviamente, serão médicos e paramédicos”, anunciou o governador.

Segundo a secretaria estadual de saúde, a ordem de prioridade da campanha de vacinação deve seguir a priorização dos grupos de risco, como profissionais de saúde, idosos com comorbidades e outras categorias.

De acordo com o diretor da Sinovac para a América do Sul, Xing Hang, que participou da coletiva de imprensa, “a fase três dos testes no Brasil está indo muito bem e estamos confiantes quanto à segurança e eficiência da vacina”. Hang ainda comentou que até fevereiro 60 milhões de doses devem ser distribuídas ao estado.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, ainda completou que além das 60 milhões de doses da vacina, possíveis 40 millhões de doses adicionais que devem ser adquiridas até maio de 2021. De acordo com o governador, a expectativa é de que a remessa adicional – de 40 milhões – depende da aprovação e investimento do Ministério da Saúde e pode ser distribuída para brasileiros fora de São Paulo.

Para garatir a produção em larga escala da vacina, o Instituto Butantan – que deve produzir as doses da CoronaVac para distribuição nacional – dedicará uma fábrica exclusiva ao imunizante . Com obras que devem iniciar em novembro e podem ser concluídas no segundo semestre de 2021, a fábrica modernizada deve receber a transferência de tecnologia da Sinovac e terá capacidade para produzir até 100 mil doses ao ano.

“Nós, aqui no Brasil, provavelmente seremos um dos primeiros do mundo a ter uma vacina disponível para vacinação em massa. O processo de transferência de tecnologia [com a Sinovac] já começou, todos os sistemas de qualidade já estão sendo preparados para receber o primeiro lote de matéria-prima em outubro”, afirmou o coordenador do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Fonte: IG
Créditos: IG