processo do impeachment

Temer admite, durante entrevista, que existiu "golpe"contra Dilma Rousseff - VEJA VÍDEO

O ex-presidente da República, Michel Temer, durante entrevista na noite desta segunda-feira (16), admitiu que existiu “golpe” e que diversos partidos estavam “vocacionados em sua condução”. O emedebista afirmou, porém, que não teve nada haver com essa condução e que só não conseguiu conter por causa da “comoção popular” que exigia o impeachment, em época, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Numa declaração surpreendente no programa Roda Viva da TV Cultura, Temer disse ainda que o pedido de contenção partiu do “presidente Lula”, que atuava para evitar o “golpe”, mas a proibição de Gilmar Mendes para que ele assumisse a Casa Civil inviabilizou a articulação.

“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, disse o emedebista, que assumiu a presidência após a queda de Dilma em 2016. Em sua explanação, Temer não se preocupou em usar o termo “golpe”, algo que nunca tinha feito, e ainda revelou que tentou impedir o avanço do processo do impeachment após um telefonema do ex-presidente Lula.