Justiça

Record é condenada a pagar R$ 50 mil depois de acusar inocente de matar enteada de dois anos

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a TV Record a indenizar um homem em R$ 50 mil após culpá-lo de ter estuprado e matado a própria enteada. O caso foi noticiado no Cidade Alerta em 2018 com o título “criança é violentada e morta pelo padrasto”.

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a TV Record a indenizar um homem em R$ 50 mil após culpá-lo de ter estuprado e matado a própria enteada. O caso foi noticiado no Cidade Alerta em 2018 com o título “criança é violentada e morta pelo padrasto”.

A reportagem chegou a exibir o nome e a imagem do padrasto alegando que ele havia violentado a sua enteada, de apenas dois anos, na cidade de Ferraz de Vasconcelos, em São Paulo. O apresentador Luiz Bacci se referiu a ele durante o programa como “monstro” e “padrasto cruel”.

O homem, no entanto, era inocente. A enteada dele, Lorena, morreu em decorrência de uma grave infecção pulmonar. Os hematomas encontrados no dia da sua internação teriam sido ocasionados por uma queda durante uma convulsão, conforme confirmado por exame necroscópico.

De acordo com o TJ-SP, a emissora se “excedeu no direito de informar”. A reportagem, segundo a decisão, também não poderá ser acessada no portal da emissora. As informações são da coluna de Rogério Gentile, na Folha de S.Paulo.

A defesa da Record tentou argumentar durante o processo que apenas relatou as suspeitas contra o padrasto, que havia sido preso após médicos desconfiarem que a menina havia sofrido maus-tratos. Contudo, a desembargadora responsável pelo processo, Márcia Barone, afirmou que o título da reportagem é autoexplicativo e mostra que a emissora não relatou apenas a suspeita da polícia, mas tirou conclusões próprias.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba