presidenciáveis

Quais são os nomes cotados para substituir Temer na Presidência

Quais são os nomes cotados para substituir Temer na Presidência

Pelo menos sete nomes aparecem com mais frequência nas conversas entre parlamentares e líderes políticos sobre candidatos à Presidência em caso de eleição indireta. Veja quem são:

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Senador em segundo mandato e três vezes governador do Ceará, é presidente interino do PSDB — assumiu após licença de Aécio Neves.

Prós: aos 68 anos, é considerado experiente e apaziguador. Sem pendências na Lava-Jato, governaria em harmonia com PMDB e DEM, retomando as reformas.

Contras: sofre rejeição na Câmara, onde está a maioria dos eleitores do colégio eleitoral. É vinculado a Aécio Neves, cujo pedido de prisão está para ser julgado no STF.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Presidente da Câmara, é deputado em quinto mandato e presidente do diretório fluminense do DEM.

Prós: é o candidato natural da Câmara, sobretudo entre o baixo clero e os pequenos partidos. Manteria a atual coalizão de forças no poder, credenciando-se inclusive para 2018.

Contras: aos 46 anos, é considerado muito jovem e sem estabilidade emocional suficiente para presidir o país em meio à crise política. Responde a inquérito da Lava-Jato no STF.

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Nelson Jobim
Ex-ministro dos governos FHC, Lula e Dilma e ex-presidente do STF. É sócio e membro do conselho de administração do BTG Pactual.

Prós: com trânsito no Judiciário, nos partidos de esquerda e de direita, é considerado conciliador. É respeitado pelas Forças Armadas e não teria pretensões eleitorais para 2018.

Contras: é sócio de um banco investigado na Lava-Jato, cujo antigo presidente, André Esteves, chegou a ser preso. Também advogou para algumas das empresas investigadas.

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Henrique Meirelles (PSD-SP)
O atual ministro da Fazenda foi presidente do Banco Central sob Lula. Filiado ao PSD, mantém há anos pretensões presidenciais.

Prós: com sucesso como executivo de banco, tem o apoio do mercado, do setor produtivo e de investidores estrangeiros. Sua vitória manteria as reformas e o controle de gastos.

Contra: sem carisma e trânsito no Congresso, tem dificuldade para buscar votos. Antes de assumir a Fazenda, trabalhava para os irmãos Batista, à frente do conselho da J&F.

Foto: Banco de Dados

Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP)
Presidente por dois mandatos (1995 a 2002) pelo PSDB, mantém trânsito entre os principais partidos e a cúpula empresarial.

Prós: visto por parlamentares como estadista, respeitado no Exterior e elogiado por empresários, tem envergadura política para conduzir a transição, sem a pretensão de reeleição.

Contras: sem disputar eleições desde 2002, precisa de cabos eleitorais no Congresso. Enfrentará resistência do PT. Foi citado na delação da Odebrecht. Tem 85 anos.

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Cármen Lúcia
Presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, está na linha sucessória da Presidência da República.

Prós: considerada uma magistrada firme e discreta, é distante de Temer e próxima de Edson Fachin. Passa imagem de estar acima de suspeitas de envolvimento com corrupção.

Contras: sem trânsito entre partidos, desagrada deputados e senadores. Também sofre restrições no Judiciário. Não é filiada a partido político e há dúvida se poderia concorrer.

Foto: EVARISTO SA / AFP

Gilmar Mendes
Ministro do STF e presidente do TSE, tem relação histórica com o PSDB. Foi advogado-geral da União de Fernando Henrique.

Prós: circula com desenvoltura entre os partidos da atual base de Temer, que poderiam trabalhar por sua candidatura. Apesar de polêmico, é respeitado no meio jurídico.

Contras: é o principal conselheiro de Temer entre juristas. As relações políticas e decisões controversas criam resistência na opinião pública e na esquerda. Não está filiado a partido.

Fonte: Zero Hora