EXAME/IDEIA

Pesquisa revela que 21% dos eleitores não sabem se vão votar por causa da covid

As eleições municipais podem ter um nível de abstenção recorde em função da pandemia do coronavírus. A vinte dias da votação, 6% dos brasileiros já decidiram que não vão comparecer às urnas por causa da covid-19 e 21% estão em dúvida se irão votar, pelo mesmo motivo. A pandemia mexeu com a economia e os negócios no mundo todo. Descubra quais são os melhores investimentos para hoje. 

As eleições municipais podem ter um nível de abstenção recorde em função da pandemia do coronavírus. A vinte dias da votação, 6% dos brasileiros já decidiram que não vão comparecer às urnas por causa da covid-19 e 21% estão em dúvida se irão votar, pelo mesmo motivo. A pandemia mexeu com a economia e os negócios no mundo todo. Descubra quais são os melhores investimentos para hoje.

Cerca de 65% devem votar, mesmo com a pandemia. Outros 7% não sabem e 2% não irão às urnas por outros motivos.

É o que mostra o resultado de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

Entre aqueles que decidiram não votar por medo do contágio de covid-19, a maioria não completou o ensino fundamental (11%), mora na região Sul (7%) e ganha até um salário mínimo (7%).

A região Norte é a que tem a maior parcela de eleitores temerosos: entre as pessoas que moram na região, 41% estão em dúvida em comparecer às urnas este ano por causa da pandemia, seguida pelo Centro-Oeste (30%) e Nordeste (26%).

Entre os que estão analisando se é seguro ocupar um lugar nas filas de votação, a maior parte (25%) ganha de três a cinco salários mínimo e completou o ensino médio (24%).

“Se uma parte da população permanecer aflita em relação à votação deste ano em razão da pandemia e decidir não sair de casa no dia da eleição, haverá uma taxa de absenteísmo acima do normal”, diz Mauricio Moura, fundador do IDEA. “Esse elemento novo torna as eleições municipais um jogo em aberto”.

O levantamento foi realizado com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 19 e 22 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os debates eleitorais deverão exercer um papel importante na decisão do voto: 24% dos eleitores disseram se informar sobre os candidatos à prefeito por meio das intereções entre os postulantes ao cargo na TV, rádio e internet. Outros 16% olham as propostas de governo dos candidatos e 15% se informam através da leitura de reportagens

EXAME/IDEIA também perguntou se os eleitores já escolheram em quem vão votar. Apenas 48% da população já tem candidato a prefeito e 50% ainda não decidiram. Outros 2% não souberam responder. “Boa parte da população está preocupada com questões essenciais como a alta dos preços dos alimentos e o aumento do desemprego”, diz Moura. “As eleições municipais parecem não ser uma prioridade”.

Entre aqueles que ainda não definiram o voto, 69% não completaram o ensino fundamental, 63% ganham até um salário mínimo e 52% moram na região Nordeste.

Cerca de um terço dos eleitores revelaram que vão esperar para escolher o candidato a prefeito na última semana antes das eleições e 55% vão decidir nas próximas semanas. Outros 16% vão escolher no dia da votação e 2% não souberam responder.

Entre os brasileiros que vão deixar a decisão para uma semana antes da votação, 43% vivem na região Norte, 46% não terminaram o ensino fundamental e 34% têm entre 16 e 29 anos. No grupo daqueles que devem definir o voto no dia das eleições, a maioria (20%) vive no Sul e ganha mais do que cinco salários mínimos (19%). “Em meio à pandemia e à crise econômica, essa eleição deverá ter surpresas de última hora”, diz Moura.

 

Fonte: Exame
Créditos: Polêmica Paraíba