morte cerebral

Órgãos da médica veterinária que morreu por "doença da urina preta", são doados

A família da médica veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, vítima da síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, autorizou a doação de órgãos após a constatação da morte cerebral, na manhã dessa quarta-feira (4/3), no Real Hospital Português, localizado na área central do Recife. A informação é do portal Uol.

A família da médica veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, vítima da síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, autorizou a doação de órgãos após a constatação da morte cerebral, na manhã dessa quarta-feira (4/3), no Real Hospital Português, localizado na área central do Recife. A informação é do portal Uol.

Foram doados o coração, o fígado, os rins e as córneas dela. Os órgãos foram coletados após exames de protocolos realizados pelos médicos da Central de Transplantes de Pernambuco.

Priscyla estava internada, desde o dia 18 de fevereiro, em um leito de UTI, depois de ter contraído a doença rara, causada pelo consumo de peixe contaminado.

Nessa terça, foi confirmada a morte de Priscyla. A mãe da veterinária, a empresária Betânia Andrade, publicou uma homenagem à filha nas redes sociais.

“O céu hoje estará te recebendo com muita luz na casa do Pai e aqui jamais esqueceremos da sua humildade, caráter, da sua eficiência como profissional. Seu sorriso vai ficar na minha memória eternamente”, escreveu.

Uma das irmãs de Priscyla, Alyne Andrade também fez um um post em homenagem à veterinária.

“Meu amor, você é luz por onde passa, e hoje essa luz irá iluminar o Céu dia e noite, tenha certeza que todos nós ouvimos suas mensagens sobre a vida e não iremos baixar a guarda […]”, disse.

Entenda o caso
No último dia 16, a empresária Flávia Andrade, de 36 anos, e a irmã dela, Pryscila Andrade, decidiram comprar um almoço no bairro do Pina, na zona sul da capital. Apesar de outras pessoas terem comido o peixe, apenas Flávia e Pryscila deram entrada no hospital quatro horas depois.

Síndrome de Haff
A doença de Haff está associada à ingestão de crustáceos e pescados e o principal sintoma é o escurecimento da urina, que chega a ficar da cor de café. No caso de Pryscila, apareceu pela ingestão do peixe da espécie arabaiana.

A síndrome pode evoluir rapidamente: os primeiros sintomas surgem entre duas e 24 horas após o consumo de peixe e causa, principalmente, a ruptura das células musculares. Além da urina preta, entre os principais sinais da doença estão a dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.

A hipótese mais aceita é que a enfermidade seja causada por alguma toxina biológica termoestável (ou seja, que não é destruída pelo processo normal de cozedura) presente em peixes de água doce e crustáceos.

A substância não altera o sabor ou a cor do alimento, o que facilita a contaminação. Alguns frutos do mar que foram consumidos por pacientes diagnosticados com a síndrome incluem espécies como o tambaqui, pacu-manteiga, pirapitinga e lagostim.

 

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba