nesta terça-feira

Operação da PF quebra sigilo telefônico de Braga Netto

Militares que desempenharam papéis no Gabinete da Intervenção Federal (GIF) no Rio de Janeiro em 2018 estão sob escrutínio nesta terça-feira (12) devido à Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Federal (PF). A investigação visa apurar alegadas irregularidades nos gastos do programa, que totalizou R$ 1,2 bilhão.

O general Walter Souza Braga Netto, designado como interventor, está entre os investigados e teve seu sigilo telefônico quebrado por ordem judicial.

Agentes da PF cumprem 16 mandados de busca e apreensão em locais no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Não houve emissão de mandados de prisão, e o general Braga Netto não está sujeito a qualquer medida coercitiva.

A investigação da PF se concentra em alegados delitos relacionados a contratações irregulares, dispensa ilegal de licitação, corrupção e formação de organização criminosa no contexto da aquisição de 9.360 coletes balísticos da empresa americana CTU Security LLC. Essas aquisições teriam envolvido um sobrepreço de R$ 4,6 milhões.

Relembrando a intervenção, por grande parte do ano de 2018, as Forças Armadas foram responsáveis pela segurança pública no Rio de Janeiro, devido a um decreto emitido pelo então presidente Michel Temer. Essa medida foi tomada após um carnaval marcado por arrastões e ataques em blocos.

O general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, foi nomeado como interventor nesse período. Anteriormente, ele havia coordenado a segurança durante os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 e ocupado posições no serviço de inteligência do Exército. Braga Netto selecionou outros generais, Richard Fernandez Nunes para a função de secretário de segurança e Mauro Sinott para tarefas operacionais, como seus colaboradores diretos.

Fonte: Polêmica Paraíba com Notícias ao minuto
Créditos: Polêmica Paraíba