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OMS: cloroquina não funciona e orçamento investido deve ser redirecionado

"A droga não é mais uma prioridade de pesquisa: os recursos devem se concentrar em outras drogas mais promissoras para prevenir a covid-19", pediu a OMS.

A hidroxicloroquina não funciona para lidar com a covid-19 e toda a pesquisa sobre o remédio deve ser abandonada, com a suspensão de orçamento para qualquer estudo com o produto e o redirecionamento de recursos para outros setores.

A recomendação é de um painel de especialistas da OMS, que “aconselha fortemente contra o uso de hidroxicloroquina para prevenir” a doença. O remédio foi promovido pelo presidente Jair Bolsonaro, que destinou orçamento para a compra e distribuição do suposto tratamento.

“A droga não é mais uma prioridade de pesquisa: os recursos devem se concentrar em outras drogas mais promissoras para prevenir a covid-19”, pediu a OMS.

“O medicamento anti-inflamatório hidroxicloroquina não deve ser usado para prevenir infecções em pessoas que não têm covid-19”, disse o painel de especialistas internacionais. A recomendação foi “baseada em evidências de alta certeza de seis ensaios controlados envolvendo mais de 6.000 participantes”.

“As evidências mostraram que a hidroxicloroquina não teve efeito significativo sobre a morte e admissão no hospital, enquanto as evidências de certeza moderada mostraram que a hidroxicloroquina não teve efeito significativo sobre a infecção pela covid-19 confirmada em laboratório e provavelmente aumenta o risco de efeitos adversos”, alerta.

O painel, portanto, considera que o medicamento “não é mais uma prioridade de pesquisa e que os recursos devem ser usados para avaliar outros medicamentos mais promissores para prevenir a covid-19”.

“Esta diretriz se aplica a todos os indivíduos que não têm covid-19, independentemente de sua exposição a uma pessoa com infecção”, explica a OMS.

Ainda no ano passado, a agência já havia abandonado os estudos. Mas, agora, recomenda que toda a pesquisa seja abandonada diante das revelações científicas.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Uol