O aplicativo de transporte Uber tem recebido, nos últimos meses, queixas de mulheres relatando casos de assédio envolvido motoristas da empresa.
Segundo elas, além dos incômodos cometidos por motoristas do Uber, passageiros do Uber Pool, modalidade que funciona como espécie de “carona”, em que pessoas com origem e destino próximos compartilham a corrida, também tem realizado assédios.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o treinamento feito pelos motoristas do Uber inclui apenas um curso on-line que ensina como devem se portar durante uma corrida.
Elas relatam que depois das corridas, alguns motoristas as procuram por redes sociais ou por mensagens de celular, embora o serviço não divulgue os números.
Há duas semanas, em Porto Alegre, Karine, 25, que não quis ter o sobrenome divulgado, voltava de uma festa às 5h. Seu condutor “ficou insistindo, fazendo várias perguntas”, diz. “Ele falou que eu era bonita, perguntou minha idade, falando de um modo incômodo, próximo do meu rosto, como se quisesse me beijar”, contou.
Em resposta, a empresa diz que utiliza o sistema de avaliações de usuários como mecanismo de controle. Ao término da viagem, o passageiro deve dar de uma a cinco estrelas para o motorista e podem fazer comentários, os quais o Uber afirma avaliar. Um condutor precisa ter ao menos nota 4,6 para continuar dirigindo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Uber informou em nota que os motoristas “que cometem qualquer tipo de violência são automaticamente desconectados da plataforma” e que faz o “descadastramento de motoristas nos casos de violação dos termos de uso da plataforma ou baixa avaliação por parte dos usuários”.
“Em casos mais sérios”, informa a empresa, “é importante que a vítima reporte o acontecimento para as autoridades policiais, que são competentes para investigar situações como essa e tomar todas as medidas cabíveis”. Além disso, é importante comunicar eventual ocorrência à Uber”, por meio do aplicativo. Os casos são analisados individualmente.
Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO